Uma das mais antigas
versões manuscritas do Corão, que remonta ao final do século VI ou
início do século VII, foi descoberta na biblioteca da Universidade de
Birmingham, anunciou a instituição na quarta-feira 22.
As páginas
do manuscrito foram conservadas por quase um século em uma coleção de
livros e documentos do Oriente Médio, sem que ninguém suspeitasse de sua
antiguidade.
Até que uma pesquisadora, a italiana Alba Fedeli,
analisou o texto para sua tese de doutorado e a universidade decidiu
realizar uma datação por carbono 14.
"O resultado é
surpreendente", explicou David Thomas, especialista nesta universidade
do Islã e do Cristianismo. A análise levou à conclusão de que o
manuscrito foi escrito entre 568 e 645 d.C, com uma certeza de 95,4%.
No entanto, de acordo com a tradição islâmica, o profeta Maomé viveu entre 570 e 632 d.C.
"A
análise do pergaminho mostra que há uma alta probabilidade de que o
animal cuja pele foi utilizada viveu no tempo do profeta Maomé ou pouco
depois", acrescenta David Thomas.
Versos dos capítulos ou suras 18
a 20, escritos hijazi, um estilo caligráfico árabe antigo, são
reproduzidas neste manuscrito que, segundo Alba Fedeli, vem do mesmo
codex que as folhas mantido na Biblioteca Nacional da França em Paris.
O
presidente da mesquita central de Birmingham, Muhammad Afzal, declarou
que "todos os muçulmanos do mundo gostariam de ter a chance de ver o
manuscrito". Ele vai estar em exposição na Universidade de Birmingham a
partir de 2 a 25 de outubro.
Fonte: Yahoo!
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