Cinco mulheres morreram linchadas por uma multidão que as acusava de
bruxaria em uma aldeia do estado de Jharjand, no leste da Índia, onde a
polícia deteve 25 pessoas.
"Isto ocorreu no final da noite de ontem (7) na cidade de Kanjia, quando aparentemente acusaram uma mulher da morte de uma criança doente por tratar-lhe com bruxaria ao invés de remédios", disse à Agência Efe no sábado um superintendente do distrito de Ranchi, Pravat Kumar.
"A mulher foi obrigada a dizer que não atuou sozinha, eles foram atrás das outras quatro e as mataram de uma forma brutal. Os corpos foram levados para a autópsia e há 25 detidos", acrescentou este porta-voz.
As mulheres receberam golpes com paus de bambu e diferentes armas brancas após terem suas roupas rasgadas por uma multidão integrada principalmente por jovens, de acordo com as versões apuradas pela imprensa local.
Kumar destacou que "não é a primeira vez que acontece algo assim neste distrito" do estado de Jharjand, que desde 2001 conta com uma lei para evitar este tipo de casos, mas que, segundo o jornal "The Indian Express" e a rede de televisão "NDTV", não evitou que desde então 400 mulheres tenham morrido acusadas de bruxaria, das mais de 2.000 assassinadas sob esta acusação em todo o país.
Em julho, uma mulher teve suas roupas rasgadas e depois foi decapitada por uma multidão depois que uma curandeira a acusou de provocar a doença e morte de várias pessoas em um povoado no estado de Assam, no nordeste da Índia.
Nesse mês seis membros de uma família, entre eles quatro menores, acusados de praticar bruxaria, foram assassinados a facadas por aldeões de um povoado do estado de Orissa, no leste do país.
Os sacrifícios humanos e os linchamentos por bruxaria acontecem em várias partes da Índia, apesar de vários governos regionais empreenderem campanhas de sensibilização.
Fonte: UOL
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