Foto de um dos esqueletos cedida pelo investigador Bruno Magalhães à revista Forbes
Terreno anexo ao antigo Tribunal da Inquisição que servia de lixeira da prisão
Investigadores de Coimbra e Évora encontraram 12 corpos que foram enterrados em lixeira. Mais provável é que sejam judeus
Três
investigadores das universidades de Coimbra e Évora descobriram 13
esqueletos de vítimas da Inquisição em Évora. Destes, 12 foram
analisados: três homens e nove mulheres, cujos corpos foram encontrados
na zona que servia de lixeira ao Tribunal da Inquisição.
Os esqueletos estavam enterrados em várias posições, sem sinais de funeral. Um castigo para o corpo, mas também para a alma, concluíram os investigadores, por estes homens e mulheres não terem seguido a religião católica. O mais provável é que fossem judeus e por isso foram castigados.
Os esqueletos de vítimas da Inquisição em Évora foram descobertos em escavações realizadas em 2007 e 2008, num terreno anexo ao antigo Tribunal da Inquisição que servia de lixeira da prisão.
Bruno Magalhães e Ana Luísa Santos, do Centro de Investigação em Antropologia e Saúde da Universidade de Coimbra, e Teresa Matos Fernandes, da Universidade de Évora, analisaram 12 dos 13 esqueletos e ossadas de pelo menos mais 16 pessoas. O artigo científico com as conclusões foi agora publicado numa revista internacional de arqueologia antropológica.
Não houve enterro, nem sinais de qualquer cerimônia e é provável que tenham morrido antes de terem sido julgados. O crime: não seguirem a fé católica.
"As estruturas funerárias estavam ausentes e não foi encontrado espólio. Além disso, a orientação e a posição do corpo e os membros são variáveis. Os contextos arqueológicos e antropológicos, incluindo os registros históricos da Inquisição consultados, são consistentes com indivíduos não conciliados com a fé católica", refere o artigo assinado pelos três investigadores portugueses.
Fonte: DN
Os esqueletos estavam enterrados em várias posições, sem sinais de funeral. Um castigo para o corpo, mas também para a alma, concluíram os investigadores, por estes homens e mulheres não terem seguido a religião católica. O mais provável é que fossem judeus e por isso foram castigados.
Os esqueletos de vítimas da Inquisição em Évora foram descobertos em escavações realizadas em 2007 e 2008, num terreno anexo ao antigo Tribunal da Inquisição que servia de lixeira da prisão.
Bruno Magalhães e Ana Luísa Santos, do Centro de Investigação em Antropologia e Saúde da Universidade de Coimbra, e Teresa Matos Fernandes, da Universidade de Évora, analisaram 12 dos 13 esqueletos e ossadas de pelo menos mais 16 pessoas. O artigo científico com as conclusões foi agora publicado numa revista internacional de arqueologia antropológica.
Não houve enterro, nem sinais de qualquer cerimônia e é provável que tenham morrido antes de terem sido julgados. O crime: não seguirem a fé católica.
"As estruturas funerárias estavam ausentes e não foi encontrado espólio. Além disso, a orientação e a posição do corpo e os membros são variáveis. Os contextos arqueológicos e antropológicos, incluindo os registros históricos da Inquisição consultados, são consistentes com indivíduos não conciliados com a fé católica", refere o artigo assinado pelos três investigadores portugueses.
Fonte: DN
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