Imagem mostra a ossada da mãe, com destaque para o pequeno filhote, que mede apenas 12,5 centímetros - Instituto de Pesquisa Senckenberg/SVEN TRÄNKNER
Análise do fóssil aponta que sistema uterino é idêntico ao dos equinos modernos.
Em artigo publicado na quarta-feira na revista PLOS One,
arqueólogos do Instituto de Pesquisa Senckenberg, em Frankfurt, na
Alemanha, e do Museu de História Natural de Basileia, na Suíça,
descreveram a descoberta de um feto de Eurohippus messelensis,
espécie antepassada dos cavalos que viveu durante o Eoceno na região
onde hoje está a Europa Central. O fóssil possui 48 milhões de anos, e
foi encontrado em um sítio arqueológico na cidade alemã de Messel.
O feto é considerado o mais antigo e bem preservado fóssil do tipo. Com o uso de modernas técnicas de escaneamento, a equipe analisou a anatomia do esqueleto de aproximadamente 12,5 centímetros. Praticamente todos os ossos estão presentes e conectados, com exceção do crânio, que aparentemente foi quebrado.
O filhote está em posição fetal. Por causa do tamanho e posição do potro, os cientistas estimam que o filhote ainda estava em desenvolvimento e morreu pouco antes do nascimento.
O nível de preservação é tamanho que os cientistas encontraram parte do tecido mole preservado, como a placenta e o ligamento largo do útero, sendo o fóssil mais antigo do sistema uterino de um mamífero. E as análises apontam que o sistema uterino do Eurohippus messelensis é idêntico ao dos cavalos modernos.
Dessa forma, os pesquisadores puderam visualizar mudanças evolutivas entre os equinos, “particularmente sobre o aparato locomotório e a dentição, presente nos cavalos desde o Eoceno. Evidentemente, o sistema uterino se desenvolveu muito antes, ao menos durante o Paleoceno, mas provavelmente já durante a era Mesozoica”.
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