Localizada a 1.480 anos-luz de
distância da Terra, a estrela KIC 84622852 está intrigando cientistas
norte-americanos. O astro possui uma quantidade de ondas muito maior do
que qualquer estrela comum, o que poderia ser efeito de uma enorme
estrutura alienígena instalada nele.
“É muito estranho”, diz a pós-doutora Tabetha Boyajian, pesquisadora da Universidade de Yale, em entrevista ao The Atlantic. “Nós nunca vimos nada como essa estrela. Pensávamos que poderiam ser dados corrompidos ou até o movimento da cápsula [do telescópio], mas essas possibilidades foram checadas.”
Descoberta pelo telescópio espacial Kepler, ela é monitorada pelo observatório desde 2009, mas foi em 2011 que Tabetha e sua equipe – financiada por um site colaborativo – descobriram as atividades “bizarras” da KIC 84622852.
“Nós concluímos que o cenário
mais provável com as informações que temos seria a passagem de uma
familía de exocometas fragmentados, todos eles oriundos do mesmo
evento”, escreveu o grupo de pesquisadores no relatório divulgado
recentemente.
Mas há quem levante a possibilidade de tudo isso ser, na verdade, fortes indícios de atividade alienígena. “Aliens devem ser sempre a última hipótese a ser considerada, mas isso que estamos vendo parece muito algo que você espera que uma civilização extraterrestre construiria”, aponta o astronomo Jason Wright, da Universidade Penn State, à mesma publicação.
Para Wright, a atividade vista na KIC 84622852 lembra bastante a teoria da “esfera de Dyson”, proposta pelo físico Freeman Dyson, ainda em 1960. Ele especulou uma megaestrutura formada por um verdadeiro “enxame” de satélites em torno de uma estrela, a fim de capturar energia proveniente daquele astro.
O astrônomo atualmente
trabalha com a Dra. Boyajian no Seti Institute (Instituto de Pesquisa da
Vida Extraterrestre, em inglês), em Berkeley, na Califórnia. Juntos,
eles defendem que as pesquisas na estrela sejam realizadas também por um
telescópio de rádio (mais especificamente o Green Bank, em West
Virginia, que tem mais de 100 metros), para tentar capturar alguma
atividade que emita ondas com som.
“A ideia por trás da nossa pesquisa é que, se uma galáxia inteira foi colonizada por uma civilização que viaja pelo espaço, a energia produzida por essa civilização poderia ser detectada em ondas infravermelhas médias”, completa. “É o mesmo princípio que faz os nossos computadores a radiar calor quando está ligado.”
Fonte: Yahoo!
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