Um jacaré foi filmado passeando entre os carros em um estacionamento no
Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. No vídeo, visto mais de
50 mil vezes até o início da tarde desta quinta-feira, é possível ver o
animal sozinho, caminhando entre os carros, até sumir por trás de uma
caçamba de lixo.
De acordo com especialistas, animais dessa espécie, que é comum na
região, já foram vistos dentro de condomínios e no meio de ruas de
grande movimento, como a Glaucio Gil e na Avenida das Américas. Com a
degradação dos espaços naturais devido ao crescimento da área urbana, o
encontro de humanos com os jacarés está se tornando comum no bairro.
—
Se você estiver em uma situação dessas não se aproxime do animal, evite
tentar tirar foto ou filmar. A gente aconselha que a pessoa se afaste e
ligue para a Patrulha Ambiental, que fará o resgate do jacaré —
explicou o veterinário Jefferson Pires, coordenador do Centro de
Recuperação de Animais Silvestres (Cras) da Universidade Estácio de Sá,
em Vargem Pequena, na Zona Oeste. O número da Patrulha Ambiental é 1746.
O
jacaré, segundo o veterinário, só atacaria o ser humano no caso de se
sentir acuado, para se defender. A espécie não tem característica
territorialista, como os crocodilos, então, diferentemente do que muitos
acreditam, não "correria" para atacar ninguém.
— Quando eles veem
pessoas, eles se afastam. São selvagens, mas têm um temperamento muito
tímido perto de pessoas. O jacaré não é um animal que se caracteriza
como um predador fora do habitat dele. Ele não está buscando alimento,
ele está buscando abrigo — explicou o Tenente-Coronel Luciano dos
Santos, veterinário do Comando de Policia Ambiental (CPam) da Polícia
Militar.
O tenente alerta que, quando um jacaré for avistado em via pública e
longe de seu habitat, não se deve tentar capturar o animal. É importante
manter contato visual com o réptil, para saber para onde ele seguiu, e
acionar o Corpo de Bombeiros para fazer a remoção do animal caso ele
esteja em uma situação de risco.
— Quando o animal está bem de
saúde, ele é devolvido para a natureza, porque geralmente ele não está
muito longe de sua casa. Se estiver machucado, é encaminhado para CRAS.
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