terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Arqueólogos encontram local onde Júlio César exterminou mais de 100 mil germânicos









Nos relatos pessoais de Julio Cesar a respeito da Guerra das Gálias, o comandante romano detalhou o massacre de duas tribos germânicas pelas tropas romanas em batalhas que aconteceram em 55 a.C.. De acordo com o livro deixado pelo Imperador, os grupos teriam pedido asilo a ele, que no final os exterminou, matando cerca de 430 mil pessoas, sendo a maioria mulheres e crianças.


No entanto, apesar do registro escrito, nenhuma prova de que o episódio aconteceu havia sido encontrada até alguns anos atrás. Recentemente, arqueólogos da Universidade de Amsterdã que estudaram os achados contam que eles finalmente podem relacionar evidências físicas ao extermínio que aconteceu em uma região da Holanda, próxima à cidade de Kessel.


Segundo todos os dados já colhidos na história, esta teria sido a primeira batalha em solo holandês, assim como a primeira invasão dos romanos no território germânico. Diversos ossos, espadas, capacetes e cintos foram encontrados por arqueólogos amadores e moradores da região de Kessel entre pesquisas realizadas de 1975 a 1995, sendo a grande maioria datada da época anterior a Cristo.


Muitos furos são vestígios claros de ferimentos de espada e lança. Além disso, os estudos indicaram que os corpos das vítimas do massacre foram recolhidos, juntamente com as suas armas, e depositados no leito do rio. O número estimado de mortos difere do revelado por César, já que pelo estudo variou entre 150 mil e 200 mil.


De acordo com o pesquisador Nico Roymans, é possível questionar se a ação não pode ser considerada genocídio. “Por mais que César não tenha explicitado a intenção de erradicar as tribos, ele deve ter pensado que a invasão levaria a isso. Na época não havia nenhum tipo de objeção moral na cultura política romana que impedisse isso, principalmente quando envolvia bárbaros”, contou o cientista.


As tribos dos Tencteros e dos Usipetes não eram originais da área, mas realizaram o processo de migração ao longo do rio Reno, de acordo com análises geoquímicas que foram realizadas a partir das arcadas dentárias encontradas.




Fonte: Yahoo!

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