sábado, 12 de dezembro de 2015

Chitas africanas são originárias da América do norte




A chita, o animal terrestre mais veloz do mundo, é originária da América do Norte, de onde migrou para África e aí ficou isolado, revela um estudo publicado na revista científica Genome Biology.


A chita, o animal terrestre mais veloz do mundo, é originária da América do Norte, de onde migrou para África e aí ficou isolado, revela um estudo publicado na revista científica Genome Biology.


Da família dos felídeos e que pode atingir velocidades superiores a 100 quilômetros por hora, a chita é um predador associado às planícies africanas mas é originária da América, tendo migrado para África há 100 mil anos, durante a última idade do gelo, e acabado por ficar isolada neste continente.


O estudo foi conduzido por uma equipe de 35 cientistas de 10 países, um deles o investigador Agostinho Antunes, do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental, da Universidade do Porto. A equipe sequenciou, montou e comparou o genoma de um macho chita da Namíbia e de outras seis chitas selvagens da Tanzânia e Namíbia.


Segundo Agostinho Antunes a chita (zona oriental e austral de África) é uma espécie ameaçada e com populações reduzidas, tendo o estudo do genoma revelado que o “empobrecimento genômico” do mamífero é responsável por uma “elevada mortalidade juvenil, anomalias extremas no desenvolvimento do esperma e aumento da vulnerabilidade a surtos de doenças infecciosas”.


O investigador português explica, num comunicado, que a chita é próxima do puma norte-americano e que terá viajado para a Ásia e daí para o sul de África. 


“A migração levou a uma elevada diminuição das populações de chita, causando uma redução drástica da sua herança genética devido a cruzamentos consanguíneos”, diz, acrescentando que há cerca de 10 a 12 mil anos a chita sofreu um segundo estrangulamento populacional.


Agostinho Antunes é licenciado em biologia e especialista em genética animal, genética molecular e evolução.




Fonte: Observador

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