Uma equipe de investigadores australianos teve uma véspera de ano novo
diferente: andaram num lago cheio de lama à procura de um meteorito com
4,5 mil milhões de anos.
A véspera de ano novo trouxe um presente para os cientistas australianos: recuperaram
um meteorito com 4,5 mil milhões de anos que tinha caído uns dias
antes, na zona de William Creek e Marree, no sul da Austrália.
As cerca de 32 câmaras montadas em rede para o projeto Desert Fireball
Network, que estavam colocadas em William Creek, Mount Barry, Billa
Kalina e Wilpoorina, registraram a entrada de um meteoro na atmosfera –
um objeto rochoso proveniente do espaço, no dia 27 de dezembro.
Essa
informação foi confirmada pela população das áreas de William Creek e
Marree, que também viram a bola de fogo a rasgar o céu – na altura tinha
80 quilogramas e viajava a 14 quilômetros por segundo, refere o jornal WAToday.
Assim que conseguiram confirmar a localização do meteorito (nome dado
ao meteoro quando atinge a superfície terrestre), no lago Eyre, os
cientistas acorreram ao local para recuperar a rocha, mas o processo foi
mais complexo do que esperavam – três dias de buscas, um drone, um
localizador aéreo, dois homens no lago e guias locais, revela o
comunicado de imprensa da Universidade Curtin.
“Termos conseguido
recuperar o meteorito é um fato notável”, disse Jonathan Paxman, um dos
membros da equipe, falando do trabalho em contrarrelógio para conseguir
recuperar o meteorito. Caso contrário ficaria perdido para sempre. Mas
para isso tiveram de percorrer mais de seis quilômetros numa zona remota
das margens do lago e caminhar sobre terreno mole devido às chuvas
recentes.
Para dificultar ainda mais a tarefa, o meteorito de 1,7
quilogramas, estava enterrado na lama a uma profundidade de 42
centímetros. Mas valeu a pena.
A rocha tem 4,5 mil milhões de anos e
terá tido origem na cintura de asteroides, entre Marte e Júpiter. Este e
outros meteoritos que os investigadores esperam encontrar com a ajuda
das câmaras do projeto Desert Fireball Network poderão trazer
informações sobre a origem do sistema solar.
Fonte: Observador
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