Dois astrônomos que observaram estranhos sinais estelares dizem ter
“fortes suspeitas” de que interceptaram mensagens extraterrestres.
Ermanno Borra, da Laval University, em Quebec, e seu estudante de graduação, Eric Trottier, analisaram as luzes de 2.5 milhões de estrelas.
Dessas, eles encontraram 234 que podem estar emitindo “sinais incomuns”.
Eles acreditam que isso se deve à civilizações alienígenas que enviam mensagens para a Terra através de lasers, como na hipótese de Borra (2012).
“Descobrimos
que os sinais detectados podem ter uma inteligência extraterrestre por
trás deles, prevista em uma publicação anterior. Portanto, nossa
publicação está de acordo com essa hipótese”, escreveu a dupla em seu
novo artigo.
“O
fato desses sinais serem encontrados apenas em uma fração muito pequena
de estrelas dentro de uma faixa espectral estreita, próxima ao espectro
solar, está também de acordo com a hipótese extradimensional.”
O estudo dividiu a comunidade científica. Muitos acadêmicos argumentaram que ainda é cedo para se fazer afirmações tão ousadas.
“Temos
que seguir uma abordagem científica, não emocional. Mas, intuitivamente
(e são as minhas emoções falando agora), suspeito fortemente de que se
trate de um sinal extradimensional”, acrescentou Borra.
O Breakthrough Listen,
um programa criado esse ano para procurar vida alienígena, que é
apoiado por nomes como Stephen Hawking e Mark Zuckerberg, pediu
cautela.
“Os
objetos com espectros incomuns que foram observados por Borra e
Trottier são certamente dignos de estudos adicionais”, disse um
comunicado oficial do programa.
“Contudo,
alegações extraordinárias exigem provas extraordinárias. É muito cedo
para atribuir inequivocamente esses supostos sinais à atividade de
civilizações extraterrestres”.
“Protocolos
internacionais de buscas por evidências de vida extraterrestre exigem
confirmações independentes, que devem ser feitas através de telescópios.
Devem ser esgotadas todas as linhas de pensamento antes de assumir
agentes extraterrestres como uma explicação válida.”
“Um
trabalho cuidadoso deve ser efetuado para determinar as chances de um
falso positivo, invocando explicações naturais e instrumentais. E mais
importante, deve haver uma confirmação feita através do uso de um
telescópio por dois ou mais pesquisadores independentes”.
Peter Plavchan, da Missouri State University, em Springfield, disse à revista New Scientist:
“Eles não consideraram todas as possibilidades naturais e saltaram
prematuramente para uma conclusão sobrenatural, por assim dizer. Acho
que é cedo demais para tanto.”
Ele acrescentou que acredita na possibilidade das conclusões serem causadas por um erro humano.
Fonte: Yahoo!
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