O esqueleto fóssil de uma baleia encontrado no Peru e exposto no Japão
há 17 anos foi identificado como uma nova espécie extinta de cetáceo do
Mioceno tardio, período que abrange de 10 milhões até 5 milhões de anos
atrás.
"Trata-se de uma descoberta essencial para conhecer a evolução das
baleias", disse à Agência Efe a curadora Naoko Miyagawa, do Museu
da Terra, da Vida e do Mar da cidade japonesa de Gamagori, onde o
fóssil, de oito metros de comprimento, é exposto permanentemente desde
sua inauguração em 1999, inconsciente de seu valor.
Os restos correspondem a um exemplar de uma nova espécie da família dos
balenoptéridos, conhecidos comumente como rorquais, que incluem os
maiores animais da Terra e representam mais da metade da subordem dos
cetáceos barbados (misticetos).
A descoberta foi uma casualidade, já que a pesquisa, feita pela
comunidade científica britânica The Royal Society, começou por causa da
visita ao museu em fevereiro de 2015 de um grupo de especialistas, que
sugeriram que poderia se tratar de uma nova espécie por causa de suas
diferenças com os exemplares conhecidos de rorqual.
"Pode-se determinar como uma nova espécie graças às característica do crânio do esqueleto", explicou Miyagawa.
A espécie foi batizada com o nome de Incakujira anillodefuego, "com o
desejo de que seja uma ligação entre Japão e Peru", disse a curadora.
O cetáceo, além de como nova espécie, foi reconhecido como um novo
gênero, categoria situada entre a espécie e a família no sistema de
classificação biológica.
Os restos, obtidos após uma escavação na região peruana de Arequipa há
26 anos, foram adquiridos em 1998 para a inauguração do museu, que agora
prepara uma nova exposição centrada neste exemplar que será inaugurada
em março de 2017.
Fonte: Terra
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