O Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade e o director do Zoo da Maia garantiram que os vestígios encontrados em S. Pedro de Fins, Maia, não são de um felino de grande porte, mas provavelmente de um cão.
"Não é nenhum leão, nem um tigre ou um leopardo. Se for um felino, é mais pequeno, como um gato bravo, mas inclino-me mais para que seja um cão", afirmou à agência Lusa João Loureiro, do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB).
Comentando rumores de que andaria um leão ou outro grande felino à solta em S. Pedro de Fins, onde foram encontradas pegadas de nove centímetros num terreno, árvores marcadas por supostas garras e danificados uns fardos de palha e umas videiras, o responsável desvalorizou a gravidade da situação.
O alerta foi dado sábado à GNR pelo proprietário de uma vacaria, mas, segundo João Loureiro, esta é uma denúncia recorrente desde há cerca de dois anos, em várias zonas desde Famalicão à Maia. "A diferença é que, neste caso, nunca ninguém viu" o animal, afirmou.
Conforme referiu, sábado à noite e domingo à tarde uma equipa de elementos da Protecção Civil da Maia e da GNR montaram batidas no local, sem que nada tenha sido detectado para além dos vestígios relatados.
"Foram detectadas pegadas com nove centímetros não se sabe do quê, pode ser um cão e nem precisa de ser muito grande", disse, acrescentando que, "por descargo de consciência", serão colocadas 4ª feira algumas armadilhas para tentar capturar o animal.
"No limite, pode até ser um bicho de um privado, que é posto de vez em quando à solta", sustentou, não pondo também completamente de parte a "hipótese muito remota" de se tratar de um lince ibérico.
Contactado pela agência Lusa, o director do Zoo da Maia adiantou estar de prevenção um técnico com uma arma com dardos que, caso seja necessário, poderá ser usada para adormecimento rápido do animal.
Também seguro de que não está à solta nenhum felino de grande porte, Carlos Teixeira salientou que "ninguém viu nada" e admitiu que se trate de um cão, um gato bravo ou um javali.
"Há um conjunto de vestígios que identificam que anda lá um animal, mas pode ser tudo menos um felino, que andaria faminto à procura de comida, nunca de feno", afirmou.
Também muito céptico, o coordenador da Protecção Civil da Maia garantiu que nas batidas efectuadas sábado e domingo, envolvendo equipas de meia centena de pessoas da sua unidade e da GNR, "não se encontrou nada".
"A hipótese de haver lá um felino ou outro animal são as mesmas de não haver", afirmou António da Silva Lopes, não descartando, mesmo, que se trate de "uma brincadeira".
Ainda assim, "e porque não se pode ficar de braços cruzados", António Lopes confirmou que serão montadas, 4ª feira, no local, armadilhas para tentar capturar o animal.
Fonte: Jornal de Notícias
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