Os eclipses - que se repetem segundo o chamado ciclo de Saros, que dura cerca de 19 anos - eram anotados em uma grande roda dentilhada que indicava a seu usuário se eram solares ou lunares e a que hora iam acontecer, segundo os cientistas do projeto de pesquisa sobre o chamado mecanismo de Antikythera.
Eles descobriram como, segundo esses cálculos, os eclipses se atrasam cerca de oito horas, ou seja, 120 graus de longitude, em cada ciclo.
"O mecanismo compreendia também uma pequena roda dentilhada que indicava ao usuário como realizar esse ajuste temporal", explicou John Steele, um dos autores do estudo.
"Sabemos que esse antigo mecanismo grego, que data de 2.100 anos de idade, calculava ciclos complexos de astronomia matemática. Nós nos surpreendemos ao constatar que também podia colocar em evidência um ciclo quatrienal dos antigos Jogos Olímpicos", acrescentou Tony Freeth, outro autor do estudo.
Usando imagens obtidas graças a raios-X em três dimensões, os cientistas conseguiram decifrar o nome dos meses associados ao mecanismo, muito complexo e composto por pelo menos 30 engrenagens de precisão.
O mau estado em que pescadores de esponjas encontraram, no início do século XX, o mecanismo de Antikythera, dificultou durante muito tempo o estudo e a compreensão de suas funções.
"Essa tecnologia é extraordinária. Cada vez que a exploramos um pouco mais, encontramos algo mais sofisticado", concluiu Freeth.
Fonte: Portal Terra
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