O drama começou no dia 17 de outubro, quando 33 dominicanos, 30 homens e três mulheres, embarcaram rumo a Porto Rico em busca de trabalho.
Segundo informações divulgadas pelo jornal dominicano El Nacional, o capitão da balsa disse que os imigrantes não poderiam levar comida nem água porque a viagem duraria apenas dois dias.
Mas quando todos começaram a sentir fome e sede começou uma discussão sobre se a travessia deveria continuar ou não.
O capitão decidiu, então, retornar à República Dominicana, mas perdeu o rumo. Após seis dias à deriva, o primeiro do grupo morreu desidratado e, no dia seguinte, o capitão, identificado pelo jornal como Francisco Soler, jogou-se ao mar.
Gregório María Marizán, de 31 anos, um dos quatro sobreviventes, disse que ao abandonar a embarcação, Soler teria dito que “iria buscar ajuda”.
"Naquele momento não se via terra, luzes, nada".
Insolação
No dias que se seguiram, muitos se jogaram ao mar e outros morreram desidratados. Os últimos sobreviventes, entre eles uma mulher, decidiram manter um dos mortos no barco e se alimentar de sua carne.
Cinco imigrantes foram resgatados com vida no fim de semana por um barco da Guarda Costeira americana na altura das Ilhas Turcas e Caicos.
Eles foram levados para o hospital com desidratação e feridas causadas pela insolação. A mulher não resistiu e faleceu na tarde de domingo.
Centenas de dominicanos arriscam a vida todos anos para tentar a perigosa travessia que liga seu país a Porto Rico.
Em 2004, 36 sobreviventes de um grupo de 87 imigrantes tomaram leite materno, água salgada e comeram carne humana para se manter vivos.
Fonte: BBC
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