A sonda alunissou às 08H34 (15H04 GMT), 25 minutos depois de lançada por uma nave não tripulada em órbita lunar, anunciou um porta-voz.
O foguete indiano PSLV levava a bordo o satélite Chandrayaan-1, equipado com uma sonda lunar, do centro espacial Satish Dhawan de Sriharikota, uma península do sudeste da Índia, situada 90 km ao norte de Madras.
A missão inédita consta de várias etapas e deve durar dois anos. O aparelho espacial leva instrumentos científicos indianos, europeus e americanos, para uma série de experiências e observações ao redor e na Lua durante dois anos, incluindo estudos topográficos, a busca de água, minerais e substâncias químicas.
O gigante asiático, com ambições de superpotência, quer demonstrar que é um líder em termos de tecnologias espaciais, em meio a uma disputa com China e Japão.
Pequim tem uma grande vantagem neste campo, já que em setembro conseguiu realizar uma caminhada espacial humana e reiterou a ambição de realizar um vôo tripulado à Lua.
Depois das alunissagens de naves tripuladas entre 1969 e 1972 dentro do programa americano Apollo, as grandes potências da Ásia lutam pela conquista da Lua, que pretendem transformar em plataforma de exploração espacial, e de Marte.
Além do envio de uma missão lunar tripulada, a China quer construir um laboratório no espaço, concorrente da Estação Espacial Internacional (ISS).
O Japão lançou uma sonda lunar no fim de 2007 e deseja enviar um astronauta ao satélite até 2020.
A Índia tem previstos 60 vôos espaciais até 2013, também à Lua e Marte. A Chandrayaan-1, com um orçamento de 80 milhões de dólares, se repetirá em 2010 ou 2012, segundo a agência espacial nacional, que sonha em mandar um indiano ao espaço.
Para preparar este vôo tripulado, Nova Délhi conseguiu recuperar na Terra, em 2007, uma cápsula enviada ao espaço.
Esta nova potência econômica também almeja entrar para o seleto e restrito clube de países lançadores de satélites comerciais.
Estados Unidos, Rússia, China, Ucrânia e a Agência Espacial Européia compartilham este mercado, que deve render 145 bilhões de dólares nos próximos 10 anos.
Em abril, a Índia fez história ao colocar em órbita - ao mesmo tempo e com apenas um lançador - dez satélites, oito deles estrangeiros.
O gigante do sul da Ásia cobra 35% a menos por seus lançamentos que as outras agências espaciais internacionais.
O programa espacial desta potência atómica militar teve início em 1963, mas até pouco tempo atrás estava reservado aos lançamentos dos próprios satélites, o primeiro deles em 1980.
Fonte: AFP
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