Muitos egiptológos alegam que o monumento do Cairo, que tem a cabeça de um faraó e o corpo de um leão, foi construído logo após a primeira pirâmide - cerca de 4500 anos atrás.
Colin Reader
Um palácio cavado sobre o planalto de Gizé fornece mais um indício de que houve atividade na área antes da construção das pirâmides, disse Reader.
Seu estilo indica que é mais velho que os outros monumentos do local, e que teria sido posteriormente adaptado e embelezado por moradores da área.
Peritos em efeitos visuais utilizaram a pesquisa de dados para recriar a Esfinge como poderia ter sido.
O trabalho poderá ser visto no Canal Cinco, em um documentário, "Os Segredos do Egito".
Os pesquisadores também descobriram que o corpo e a cabeça da Esfinge são desproporcionais, sugerindo que ela não era originalmente um faraó.
O arquiteto e historiador Dr. Jonathan Foyle, que trabalhou com o colega Reader no projeto, afirma que a cabeça e o corpo são totalmente desproporcionais.
Dr. Jonathan Foyle
Disse também que a razão para isso seria que a Esfinge originalmente tinha uma cabeça totalmente diferente - a de um leão. Segundo esta teoria, a estátua foi modelada posteriormente para parecer com o faráo Queóps, contrariando muitos egiptólogos, que acreditam que a esfinge é uma representação do faraó Quefrén.
Também acreditam que Djadefre, o irmão mais velho de Quefrén , construiu a Esfinge para honrar seu pai Queóps, entre 2550 aC e 2450 aC.
Para os primeiros egípcios, o leão era um símbolo muito mais poderoso que o rosto humano.
Recriação digital da Esfinge com face de leão
Já que o monumento tem o corpo de um leão, faz sentido para os especialistas de que ele também tenha tido inicialmente o rosto de um leão.
Durante a história Egípcia os leões habitaram Gize e seus arredores.
No entanto, a limitada evidência ligando a Esfinge a Quefrén é circunstancial e um tanto ambígua.
O geólogo Robert Schoch concluiu após uma investigação na década de 1990, que a Esfinge deveria ser muito mais velha do que atualmente acreditam.
Schoch defendeu que o desgaste encontrado no corpo da Esfinge, e na área circundante, apresentam características que só poderiam ser causadas a partir de uma prolongada erosão hídrica. Mas a última vez em que houve uma quantidade significativa de chuva no Egito foi durante o 4º e o 3º milênios aC.
Schoch acredita que a quantidade de água e erosão experimentada pela Esfinge indica que a data da construção seria no 6 º milênio a.C., ou 5º milênio a.C., pelo menos dois mil anos antes da data de construção amplamente aceita, e 1500 anos antes da data aceita para o início da civilização egípcia.
Reader conclui que a construção da Esfinge é algumas centenas de anos mais velha do que a data tradicionalmente aceita, o período da IVª dinastia do Antigo Império.
Independentemente disso, o geólogo David Coxill, confirma a princípio, Schoch e suas conclusões, mas como Reader, tem uma opção mais conservadora para a datação da Esfinge.
Tanto Schoch, como Reader, baseiam as suas conclusões não apenas na Esfinge e na área ao redor, mas igualmente levaram em consideração outras características encontradas no platô de Gizé, e em monumentos como o templo da Esfinge.
Estas conclusões exigem uma nova data para a construção da esfinge e dos grandes monumentos, por isso esta teoria não foi aceita pela grande maioria dos egiptólogos.
Fonte: Daily Mail
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