segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Arqueóloga descobre templo funerário do faraó Tutmosis III


Uma pesquisadora de Sevilha especializada em arqueologia, Myriam Seco, encontrou com sua equipe de exploração o templo funerário do faraó Tutmosis III, localizado no Egito.

O monarca, um dos mais importantes da civilização faraônica, pertenceu a 18ª dinastia e morreu há 3.434 anos. As informações são do jornal espanhol El Mundo.

O grupo de arqueólogos, integrado também por Carmen Pérez Die, encontrou os restos históricos em Heracléopolis Magna, no Alto Egito, retirados de mais de 4 mil blocos de pedras e rochas enterrados juntos com os vestígios do templo.

"É um grande desafio, pois estamos encontrando uma grande quantidade de material que irá dar novas informações sobre este importante rei", disse Myriam.

Tutmosis III se destacou como um dos mais influentes dirigentes da civilização faraônica. Sua madrasta, Hatshepsut, atuou como regente até que ele tivesse idade suficiente para reinar e expandir o império egípcio para terras distantes.

Nos seus 34 anos de reinado, Tutmosis chegou a levar o domínio faraônico até o Norte da Síria. Ele foi enterrado no Vale dos Reis, na tumba conhecida como KV34, que foi descoberta em 1898.



O templo funerário, para onde o povo egípcio levava presentes, oferendas e onde fazia orações, foi encontrado anos depois, por volta de 1905, nas proximidades da cidade de Luxor, mas a equipe de arqueólogos da época que descobriu os primeiros vestígios não levou adiante os trabalhos de escavações.

Uma segunda tentativa de revelar os segredos escondidos sob os escombros deixados de lado, foi iniciada em 1934 por outra equipe.

Novamente, o sítio arqueológico foi abandonado até que, no ano de 2008, a arqueóloga Myriam desembarcou no local com uma equipe de mais de 100 profissionais para retomar as escavações do templo, envolvendo arqueólogos, filólogos e desenhistas espanhóis, egípcios, libaneses, japoneses e alemães.



"A parede exterior em torno do templo está intacta. No primeiro ano, encontramos mais de 4 mil blocos, que delimitam o formato da construção do templo.

Encontramos também relevos e pinturas de surpreendente qualidade e em um excelente estado de conservação. Na entrada, há uma torre monumental.

Tem a mesma estrutura que o templo de Hastshepsut. E, na estrada do Vale dos Reis, fica o pátio", descreve a pesquisadora, sobre as descobertas.


Fonte: Terra/El Mundo

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