sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Gaúcha afirma ter sido atacada por lobisomem

Kelly Martins Becker



Em São Sepé, pessoas se apavoram com suposto lobisomem.

Será um homem vestindo uma fantasia de lobisomem ou uma criatura que saiu dos livros de folclore para causar arrepios na população de São Sepé?

Desde o final de janeiro, moradores da Vila Lili, no interior da cidade, não param de se fazer essa pergunta. Alguém ou alguma criatura estaria atacando na escuridão da noite, causando medo por lá.

A mistura de lobo e homem já teria atacado mais de uma mulher, arrancado telhas de uma casa e subido em um carro. Como hoje é sexta-feira 13 e noite de lua cheia – a data que, segundo o folclore, é a preferida dos lobisomens – não faltam pessoas apavoradas com os tais rumores.


Kelly Martins Becker, 21 anos, teria sido a primeira vítima. Ela foi a única a chamar a Brigada Militar para registrar uma ocorrência sobre o caso. Na noite de 28 de janeiro, a jovem conta que chegava em casa, na Vila Lili, quando o suposto lobisomem a agarrou, segurando-a pelo pescoço.

O ataque só teria terminado quando uma vizinha acendeu a luz. Antes de a criatura ir embora, Kelly garante ter visto detalhes do que acredita ser um lobisomem: ele teria 1m92cm de altura, cinco dedos com mais de 20 centímetros, orelhas de 30 centímetros, garras, dentes e olhos enormes. Ela fez até um desenho da criatura.

– Eu tentei lutar com ele, mas só conseguia arrancar pelos. Ele parecia querer me matar. Não parava de babar e fazia um barulho estranho. Fugiu em quatro patas como um cachorro – conta a vítima que ficou com arranhões nos braços, peito e rosto.

Dois dias antes, o suposto lobisomem já teria quebrado um vidro da janela da casa de Kelly. Se ela está convencida que se trata de um lobisomem, seu pai tem outra suspeita. Antônio Pedro Vaz Becker, 57 anos, acha que alguém vestindo uma fantasia pode estar causando pânico na cidade.

Além de não acreditar em lobisomem, Vaz está com a pulga atrás da orelha: a suposta criatura teria ligado para o celular da jovem dizendo ser o lobisomem e avisando o ataque.

Entre a população, histórias de lobisomem não são novidade. O comerciante José Pedro Souza Siqueira, 58 anos, garante que não só acredita como já viu um:

– Eu estava caçando com um amigo, quando vi um lobisomem. Demos mais de 30 tiros nele e não conseguimos matá-lo. Acho que só com bala de prata mesmo.

O delegado Marcos Rogério Ribeiro, que responde interinamente pela delegacia de São Sepé, afirma que espera o encaminhamento do registro de Kelly para investigar se alguém está usando alguma fantasia para assustar os moradores da cidade.


Fonte: Diário de Santa Maria

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