A Nasa colocará esta semana em andamento sua primeira missão com capacidade para responder a um dos principais questionamentos da humanidade: existe vida além da Terra?
A esperança de encontrá-la está nos exoplanetas, corpos que giram em torno de outras estrelas além do Sistema Solar. Até agora, a partir de diversos sistemas de detecção, os astrônomos confirmaram a existência de mais de 320 desses planetas.
Será uma das primeiras missões com a capacidade de encontrar lugares como a Terra, planetas rochosos que se encontrem em uma área quente em que se possa manter em sua forma líquida a água, elemento essencial para a formação da vida, conforme disse a Nasa em comunicado.
"O Kepler é um componente crucial dos esforços da Nasa para encontrar e estudar planetas com características similares às da Terra", assinalou Jon Morse, diretor de astrofísica da agência espacial em Washington.
Segundo o cientista, o censo planetário que o Kepler fará ajudará a compreender a frequência em que existem esses planetas na Via Láctea. Também contribuirá para o planejamento de outras missões que, em um futuro a médio prazo, detectem diretamente e transmitam informação sobre as características dos mundos que existem em torno de estrelas vizinhas.
O Kepler iniciará a busca na "minúscula" região de Cisne-Lira, que contém cerca de 100 mil estrelas similares ao Sol.
Com seus instrumentos, o Kepler determinará a existência dos exoplanetas através das mudanças de luz que suas estrelas refletem quando os astros passarem entre elas e o observatório.
Teoricamente, se esses corpos observados pelo Kepler forem similares à Terra, teriam de completar uma órbita de cerca de um ano em torno de sua estrela.
Segundo Debra Fischer, astrônoma da Universidade Estadual de San Francisco, o Kepler será um instrumento básico para saber que tipo de planetas giram em torno de outras estrelas.
Suas descobertas serão utilizadas imediatamente para analisar as atmosferas dos exoplanetas. E as estatísticas recolhidas levarão a determinar o rumo que deverá ser seguido para estabelecer se efetivamente há "um planeta de cor azul que orbita outra estrela em nossa galáxia", assinalou.
Fonte: G1
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