Ele não é tão avançado quanto a tecnologia do "Exterminador do Futuro", mas um novo concreto capaz de reparar suas próprias rachaduras pode logo trazer proteção futurista a pontes e rodovias.
O concreto tradicional é frágil e racha com facilidade durante um terremoto ou o excesso de uso. Por sua vez, o novo composto de concreto pode ser flexionado até a forma de um U sem se quebrar.
Quando deformado, o material forma rachaduras finas, que se fecham após alguns dias de chuva leve.
O material seco exposto pelas rachaduras reage com a chuva e o dióxido de carbono do ar para formar "cicatrizes" de carbonato de cálcio, um composto resistente encontrado naturalmente em conchas, explicou o co-autor do estudo Victor Li, da Universidade de Michigan em Ann Arbor.O material flexível continua resistente após se regenerar, reportam os autores do estudo.
Concreto silencioso
Nos últimos 15 anos, Li, junto a colegas como o líder do estudo Yingzi Yang, desenvolveu a próxima geração de concreto com aplicações variadas.
Li observa que o concreto que se regenera já foi usado no edifício Osaka, o maior prédio residencial do Japão, uma estrutura de 60 andares.
O material também foi usado em uma ponte construída em 2006 sobre a Interestadual 94 em Michigan, onde eliminou a necessidade das juntas de dilatação tradicionais.
Essas ripas de metal "dentadas" permitem que o concreto se expanda e se contraia sem se deformar, mas geram um barulho significativo quando veículos passam sobre elas.
"Um dos grandes atrativos, além da redução das necessidades de manutenção, é o fato de que (o novo concreto) é muito silencioso" sem as juntas de dilatação, afirma Li.
O uso do concreto auto-regenerativo está sendo considerado para canais de irrigação em Montana.
Embora custe três vezes mais que o concreto tradicional, o material poupa custos de longo prazo, já que diminui a necessidade de manutenção e o consumo de energia, explica Li.
Construtoras que usam o concreto flexível, por exemplo, não precisam comprar e instalar aparelhos que contenham atividade sísmica. "O custo inicial de construção na verdade diminui", disse Li.
As descobertas foram publicadas online no periódico especializado Cement and Concrete Research.
Fonte: Terra
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