Um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, criou ciber besouros (metade besouros, metade robôs) que são controlados de um laptop por meio de uma conexão sem fio.
Eles usaram implantes e descobriram um jeito de controlar a decolagem, o voo e o pouso dos besouros ao estimular o cérebro deles a usar as asas - estimulavam os músculos de um lado ou de outro da asa para fazer aquele lado bater mais forte.
O sistema que foi implantado nos besouros usa estimuladores de nervos e músculos, uma microbateria, um microcontrolador e um transceptor (modem na rede sem fio que é capaz de enviar e receber dados por ondas de rádio ou infravermelho).
Os cientistas colocaram os implantes nos besouros quando eles ainda estavam na fase pupal (estágio intermediário entre a larva e o adulto, na metamorfose de alguns insetos).
Três tipos de grandes besouros de Camarões foram usados na experiência da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. O menor tinha 2 cm, o maior, 20 cm.
O professsor Noel Sharkey, um especialista em inteligência artificial e robótica da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, disse que os cientistas já tentaram controlar insetos no passado, mas esta é a primeira vez que eles conseguem controlar o voo dos insetos a distância.
O professor Sharkey acha difícil que esse aplicativo militar consiga transportar nas costas um transmissor de GPS e uma câmera por causa do peso.
Os pesquisadores dizem que os ciber besouros controlados por controle remoto podem ser usados como modelos para microveículos aéreos ou como mensageiros até lugares inacessíveis.
A equipe da universidade também está fazendo experiências com libélulas, moscas e traças porque eles têm uma capacidade espetacular de voo.
A DARPA (agência americana de projetos em pesquisa avançada de defesa na sigla em inglês) vem investindo nos últimos anos para criar insetos que possam voar mais de 90 metros até o alvo, gravar conversas e voltar à base.
Fonte: R7
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