sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Mussolini trabalhou para serviço secreto britânico, diz historiador

Mussolini em trajes civis (centro)


Um historiador da universidade britânica de Cambridge afirma que o ex-líder fascista da Itália, Benito Mussolini, trabalhou para o MI5, o serviço secreto britânico.

A revelação foi feita pelo historiador Peter Martland ao jornal britânico The Guardian.

Em 1917, Mussolini tinha 34 anos e trabalhava como jornalista. Segundo o historiador ele também recebia um salário de 100 libras esterlinas por semana do MI5 para defender, em seu jornal, a participação da Itália ao lado dos Aliados na Primeira Guerra Mundial.

"O parceiro menos confiável da Grã-Bretanha na guerra na época era a Itália, depois que a Rússia revolucionária abandonou o conflito.

Mussolini recebeu 100 libras esterlinas por semana no outono de 1917 por pelo menos um ano para manter a campanha pró-guerra - equivalente a cerca de 6 mil libras esterlinas por semana nos dias de hoje", disse Martland ao Guardian, em reportagem publicada nesta quarta-feira.

Segundo a pesquisa do historiador, os pagamentos foram autorizados pelo parlamentar Samuel Hoare, que trabalhava para o MI5 em Roma. Ele gerenciava cerca de cem agentes britânicos na Itália.

Hoare mencionou o recrutamento de Mussolini em suas memórias, publicadas em 1954, mas os detalhes da quantia paga ao ex-líder italiano só foram revelados agora. O historiador encontrou as informações no arquivo pessoal de Hoare.

Mussolini também teria informado Hoare que mandaria um grupo de veteranos de guerra para agredir manifestantes pró-paz em Milão.

Hoare e Mussolini voltaram a se encontrar em 1935. Hoare, na condição de ministro das Relações Exteriores britânico, assinou o acordo de Hoare-Laval, que deu controle da Abissínia à Itália.


Fonte: BBC



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