quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Pesquisadores fotografam espécies raras na Antártida

Um grupo de pesquisadores de vários países fotografou espécies raras na Antártida, como este coral que ainda será identificado pelos estudiosos.


Um grupo de pesquisadores de vários países, a bordo de um navio de pesquisas britânico, fotografou espécies raras na plataforma continental Antártida.

Peixes, aranhas aquáticas gigantes, polvos e estrelas-do-mar estão entre as espécies raras reveladas em fotografias divulgadas pelo grupo de pesquisa British Antarctic Survey (BAS).


Uma das espécies encontradas foi o pepino-do-mar, que tem um papel importante no processamento de sedimentos e está ameaçado pela expansão das áreas de pesca.


Como parte do estudo internacional que cobre desde a superfície até o fundo do mar da região, a equipe de pesquisadores de toda a Europa, Estados Unidos, Austrália e África do Sul coletou amostras de criaturas marinhas da região oeste da Antártida, uma das áreas marinhas cujo aquecimento é o mais rápido do mundo.

"Poucas pessoas percebem como a biodiversidade oceânica do sul é rica, até mesmo uma simples pesca com rede já revela uma variedade fascinante de criaturas esquisitas e maravilhosas", disse o líder da expedição de pesquisa David Barnes, da BAS.

"Potencialmente, estes animais são ótimos indicadores de mudanças ambientais, pois muitos vivem nas águas rasas, que estão mudando rapidamente, mas também em águas profundas, que vão se aquecer mais lentamente. Agora podemos ter melhor compreensão de como o ecossistema vai se adaptar para mudar."


Águas vivas, como esta espécie Mnemiopsis, foram encontradas com frequência na superfície das águas da região, sugerindo que elas podem se beneficiar do aumento de dióxido de carbono nas águas.


Os pesquisadores também encontraram vários polvos da região da Antártida. A pesquisa visa compreender melhor como os ecossistemas da região vão reagir às mudanças climáticas.


O crescimento excessivo, causado por altos níveis de oxigênio nas águas da região, foi observado pela primeira vez em anfípodes, como esta pulga-do-mar


Os pesquisadores descobriram que algumas espécies são incrivelmente sensíveis a mudanças na temperatura. Acima, a foto de um verme marinho.



O pesquisador acrescentou que o estudo realizado na região da Península Antártida demonstrou que algumas espécies são incrivelmente sensíveis a mudanças na temperatura.

Uma das espécies mais comuns na região, encontrada pelos pesquisadores, foi o pepino-do-mar, que tem um papel muito importante no processamento de sedimentos no fundo do mar e que está ameaçada pela expansão das áreas de pesca.

Outra espécie estudada pelos pesquisadores foi o krill, um pequeno crustáceo que é o principal alimento de pinguins, focas e baleias.

Os pesquisadores descobriram grandes variações nas espécies vivendo em uma área relativamente pequena.

"Mudanças na superfície da Terra afetam diretamente o oceano e os animais marinhos. Por exemplo, a aceleração do derretimento das geleiras, o colapso destas geleiras e o encolhimento do gelo marinho no inverno, tudo parece causar impacto na vida marinha.

Queremos entender estes impactos e quais as suas implicações para a cadeia alimentar", afirmou a bióloga do BAS Sophie Fielding.


Fonte: BBC



Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...