Arqueólogos descobriram um esqueleto de 2.000 anos de idade de um homem asiático em um antigo cemitério na Itália, sugerindo que o Império Romano atingiu uma área muito mais extensa do que se pensava anteriormente.
Mas a ortodoxia agora terá de ser reexaminada, depois que uma equipe de arqueólogos canadenses realizou análises de DNA nos ossos de um homem, e descobriu que ele veio do extremo oriente.
O esqueleto foi escavado em um cemitério do Império Romano em Vagnari, na província de Puglia, que forma o calcanhar da bota italiana.
"Nossos dados revelam que alguns dos habitantes de Vagnari vieram de longe, de além das fronteiras do Império Romano," disse a professora Prowse, ao Journal of Roman Archaeology.
Ela sugeriu que o homem, que viveu no primeiro ou segundo século d.C., pode ter sido um escravo ou trabalhador, com base no cemitério onde seus restos mortais foram encontrados, e o fato de que o único item enterrado ao lado dele era uma panela de barro.
O fato de que um outro corpo foi mais tarde enterrado sobre ele, com um túmulo elaborado, também sugere que sua posição era humilde.
Embora a análise do DNA mitocondrial prove que ele era de origem asiática, os arqueólogos são incapazes de dizer se ele era um imigrante ou se era descendente de uma família asiática, que já estava morando lá.
Tampouco a análise de DNA permite aos cientistas identificar mais precisamente de que parte do leste asiático era originário. Seu esqueleto é um dos 70 que foram encontrados em Vagnari desde 2002.
Os detalhes da descoberta serão apresentados em uma conferência sobre a arqueologia romana em Oxford, no próximo mês.
Tradução: Carlos de Castro
Fonte: Telegraph
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