quarta-feira, 24 de março de 2010

Astrônomo amador registra divisão de cometa usando telescópio via internet

Imagem observada com o Faulkes Telescope North operado pelo Las Cumbres Observatory Global Telescope Network


Um astrônomo amador britânico capturou imagens de um cometa se despedaçando, com ajuda de um telescópio acessado remotamente no Havaí, nos Estados Unidos.

Em seu computador na região britânica de Wiltshire, na Inglaterra, Nick Howes tirou fotos que mostram o núcleo congelado de um cometa se despedaçando.

Ele controlou o telescópio remotamente através do Faulkes Telescope Project, um projeto da universidade britânica de Cardiff que permite que pessoas em qualquer parte do mundo acessem o equipamento via internet.

"Isso mostra o que é possível quando astrônomos amadores conseguem pôr às mãos em telescópios tão poderosos", disse Paul Roche, que coordena o projeto.


Escolas


O projeto foi criado pela faculdade de Física e Astronomia da universidade para ajudar crianças a estudarem ciências.

O projeto oferece acesso remoto a telescópios na ilha de Mauí, no Havaí, e no observatório de Siding Spring, na Austrália.

Com ajuda do telescópio de US$ 10 milhões no Havaí, Howes capturou na quinta-feira passada seis imagens que mostram o pedaço de gelo enorme que se separou do núcleo do cometa C2007 C3.

Um segundo grupo de imagens obtidas no dia seguinte mostrou que o novo fragmento ainda está seguindo o cometa.

"Como o núcleo do cometa tem geralmente dezenas de quilômetros, o fragmento provavelmente é do tamanho de uma montanha, e vai acabar se tornando um pequeno cometa, na medida em que ele for se separando do cometa que o originou", disse Roche.

Espera-se agora que astrônomos profissionais sigam a descoberta de Howe usando instrumentos como o telescópio espacial Hubble.


Imagem feita pelo astrônomo Nick Howes do cometa C2007 C3


"Nós esperamos envolver escolas na observação de cometas nas próximas semanas, para que possamos ver o que acontece com esse novo fragmento", disse Paul Roche.

Ele espera que a descoberta anime outros astrônomos a usarem o telescópio para pesquisa e para ajudar com novas descobertas científicas.

No ano passado, outro astrônomo amador, trabalhando com várias escolas britânicas dentro do Faulkes Telescope Project, descobriu o asteroide com a rotação mais rápida do sistema solar. Mais de 200 escolas britânicas usaram os telescópios do projeto para apoio às aulas.


Fonte: BBC


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