Um filhote de jaguatirica, apelidado de Jedai, é o novo morador do Bosque dos Jequitibás, de Campinas (93 km de São Paulo).
O felino, que completou dois meses em fevereiro, é a primeira cria do casal de jaguatirica morador do Bosque, Quianga e Arquimedes. A espécie está ameaçada de extinção.
A gestação da fêmea faz parte de um plano de reprodução em cativeiro, segundo a assessoria da Prefeitura de Campinas.
"Em parceria com a Associação da Mata Ciliar, o Bosque dos Jequitibás desenvolve esse projeto. Esse tipo de reprodução tem extrema importância, pois garante o nascimento de animais saudáveis que herdam dos pais um material genético bom, perpetuando a espécie', explicou a coordenadora do Bosque, Eliana Ferraz, por meio de nota.
Segundo Ferraz, a equipe do parque ainda não interferiu na relação da mãe com seu filhote para evitar problemas.
"Esta é a primeira cria da nossa jaguatirica, ela foi trazida ao parque para fazer companhia ao macho Arquimedes, há oito meses. Não fizemos nenhuma intervenção, pois é comum a mãe rejeitar o filhote ou até comer a própria cria", disse a coordenadora.
Arquimedes, o pai de Jedai, morreu com mais de 20 anos, cerca de dez a mais do que os animais desta espécie costumam viver na natureza, antes de seu filhote nascer. O felino também tinha nascido em cativeiro e foi pai de outras crias.
Cuidados
Segundo a Prefeitura de Campinas, nenhum funcionário deverá entrar em contato com o filhote por enquanto.
De acordo com Eliana, qualquer interferência pode gerar algum tipo de rejeição entre a mãe e a cria. "Se nós entramos em contato, pegarmos na mão, o filhote pode ser rejeitado devido a algum odor que pode ficar.
A ideia é que o filhote seja criado pela mãe, esta é a melhor forma. Ele está forte e é amamentado por ela", explicou.
O pequeno animal já tem dentes e se alimenta dos restos da comida da mãe. De hábitos solitários, os filhotes de jaguatirica geralmente ficam com a mãe até os oito meses de vida apenas.
Depois de separados, quem irá determinar o futuro de Jedai é o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) que vai definir, de acordo com a linhagem do animal, para onde ele será levado. Será feito um levantamento genealógico do filhote para a escolha de parceiros para a reprodução da espécie.
Fonte: Folha Online
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