Segundo os estudiosos, as construções possivelmente serviam de moradia para antigos habitantes da região. A datação feita da aldeia remete ao ano 800, ou seja, há mais de mil anos.
A olhos leigos, segundo os arqueólogos, há pouca coisa a ser vista: apenas imensos buracos abaixo do nível do solo. O maior tem 7 metros de profundidade e 20 metros de diâmetro.
- Queremos entender o método construtivo desses engenheiros do planalto - diz o padre jesuíta Pedro Ignácio Schmitz, da Unisinos-RS, coordenador da pesquisa, que começou a escavar a região em 2007.
Somente na localidade de Boa Parada, numa área de um quilômetro de diâmetro, foram encontradas 27 estruturas.
Todas elas estão 400 metros equidistantes do centro, próximas a matas de pinheiros que forneciam alimentos (pinhão) e pequenos córregos de água. Dessas, três estruturas foram feitas da forma inversa, acima do solo. Para os arqueólogos, esses locais são denominados danceiros, ou seja, uma espécie de praça pública utilizada para diversos rituais.
- A história que se conta do Brasil é muito relacionada à chegada dos europeus, como se os habitantes anteriores não tivessem história.
O trabalho da arqueologia é justamente mostrar a riqueza de uma ocupação anterior, que não se expressa em documentos escritos, mas em vestígios como esses - salienta Marcus Vinicius Beber, arqueólogo da Unisinos.
De acordo com estudiosos, há ainda aproximadamente 200 estruturas subterrâneas no município. A próxima etapa das pesquisas será na localidade de Rincão dos Albinos, também em São José do Cerrito.
Fonte: O Globo Online
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