Um estudo realizado na USP Ribeirão Preto pode inspirar uma tragicomédia em dois atos: "Ascensão e queda de um dinossauro". Ou melhor, de um Sacisaurus.
É a história de um herbívoro descrito em 2006 por paleontólogos da universidade. Tudo indicava que se tratasse de um membro primitivo dos ornitísquios, um dos grandes grupos de dinossauros.
Um novo exame do fóssil, porém, sugere que o Sacisaurus (assim batizado porque só foram achados os ossos de uma das patas de trás) não é um dinossauro de fato. E o responsável por "rebaixar" o ex-dino-saci foi pupilo de um dos descobridores do fóssil.
"Para a minha infelicidade, vou ter de assumir que não dá mais", diz Max Langer, um dos "pais" do dino.
Jonathas Bittencourt, aluno de doutorado de Langer, apresentou os resultados que levaram ao "rebaixamento" da criatura durante o 7º Simpósio Brasileiro de Paleontologia de Vertebrados, no Rio.
Em sua tese analisou a árvore genealógica dos dinos mais antigos, que viveram há cerca de 220 milhões de anos. Descobriu que a mandíbula "banguela" do Sacisaurus (traço típico de ornitísquios) evoluiu de forma independente. Isso indica que, na verdade, ele pertence a um grupo de répteis distinto.
Sua pesquisa, porém, sugere que dois dinos tampinhas brasileiros (com cerca de 1 m) são ancestrais de boa parte das espécies que vieram depois. São o Guaibasaurus, mais primitivo carnívoro, e o Saturnalia, primeiro herbívoro pescoçudo.
Fonte: Folha.com
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