Um novo estudo do Instituto de Paleontologia dos Vertebrados e Paleoantropologia da China e do museu Hayashibara, no Japão, indica que o mais temido dos dinossauros gostava de comer carniça.
Segundo os pesquisadores, marcas em um esqueleto fossilizado de um herbívoro atacado por um tiranossauro indicam que o predador retirou habilmente a carne de um úmero (osso que no ser humano fica entre o ombro e o cotovelo).
Por outro lado, o resto do esqueleto da presa não apresenta marcas de ataque, o que, segundo o cientista David Hone, do instituto chinês, é um claro sinal de um comedor de carniça. As informações são da New Scientist.
Segundo a reportagem, a dieta do Tyrannosaurus rex, o maior tiranossauro, foi muito debatida na comunidade científica no início dos anos 90.
Já surgiram hipóteses de que ele seria um caçador lento e ineficaz, enquanto outros estudos indicavam que ele era um predador ativo, como no filme Parque dos Dinossauros.
Segundo Hone Watabe e Mahito Watabe, ambos do museu Hayashibara, três tipos de marcas encontradas no osso de 70 milhões de anos foram causadas por um tarbossauro, um tiranossauro asiático quase tão grande quanto o T. rex.
As marcas indicam que o predador estava tentando retirar a carne do osso da presa morta, e não atacar o animal vivo.
Como o resto do corpo não apresentava marcas, os pesquisadores sugerem que uma enchente enterrou o corpo do animal nos depósitos da margem de algum rio, deixando apenas o membro atacado visível à fome do tarbossauro.
Thomas Holtz, especialista em tiranossauros da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, afirma à reportagem que comer carniça pode fazer tanto sentido para um grande predador, quanto para um pequeno.
"Carne que não briga é muito mais fácil de conseguir", diz o pesquisador. Holtz, contudo, se diz intrigado sobre o porquê de o tiranossauro ter habilmente retirado a carne com seus dentes, em vez de simplesmente pulverizar o osso.
Fonte: Terra
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