sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Arqueólogos descobrem campo de prisioneiros da Guerra Civil dos EUA

Ilustração de como seria a vida no interior do campo


Entre os artefatos encontrados, uma peça de bronze usada para apertar torniquetes durante amputações.

Preservado por 150 anos, talvez pela própria obscuridade, um campo de prisioneiros da Guerra Civil americana começou a gerar tesouros do período praticamente no mesmo instante em que os arqueólogos iniciaram seus trabalhos no sudeste do Estado da Georgia.

Eles encontraram uma trava corroída de bronze usada para apertar torniquetes durante amputações, um cachimbo artesanal com marcas de dente e uma moldura de foto, dobrada e guardada depois que o daguerreótipo que guardava ter se perdido.

Autoridades estaduais dizem que a descoberta foi feita por um estudante da Universidade do Sul da Georgia, que se propôs a descobrir o Campo Lawton para sua tese em arqueologia.

Eles surpreendeu os profissionais da área não só ao localizar o campo, como também ao desenterrar artefatos raros de uma prisão que era pouco mais que uma nota de rodapé na trilha da marcha devastadora do general William T. Sherman.

"O que faz de Campo Lawton algo tão único é que ele é um desses pequenos momentos congelados no tempo, e não se consegue um desses com frequência", disse o arqueólogo do governo estadual, Dave Crass.

"A maioria dos arqueólogos profissionais que um dia pensaram no Campo Lawton concluíram que, como as pessoas não ficaram lá muito tempo, não haveria muito para achar".

Mantido pela Confederação, que reunia os Estados do sul dos EUA que buscavam criar um país independente do norte onde pudessem manter a escravidão legal, o campo de prisioneiros abrigou mais de 10.000 soldados da União depois de ser inaugurado em 1864, para substituir a infame prisão militar de Andersonville. Mas durou menos de seis meses antes ser queimado pelo exército de Sherman.

A existência curta do campo fez que com que se tornasse uma prioridade baixa para os estudiosos.

Embora sua localização aproximada fosse conhecida, nas imediações de um parque estadual, o ponto exato nunca foi verificado.

A tarefa acabou sendo executada pelo estudante Kevin Chapman. O Departamento de Recursos naturais do estado ofereceu-lhe a oportunidade de desenvolver sua dissertação de mestrado realizando uma busca pelas colunas de madeira que marcavam o perímetro do campo.


Fonte: Estadão

Um comentário:

Anônimo disse...

Sou super fã do blog e adoraria ler em newsletter, beijos!

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