O "Jovem de Chan Hol", assim chamado pelo pouco desgaste no esmalte dos dentes (o que indica uma morte prematura) e pelo nome da caverna onde estava, havia sido encontrado há quatro anos, na península do Yucatán.
A ossada foi resgatada a 8,3 metros de profundidade, numa caverna à qual só se chega por meio de intrincados labirintos, também submersos e completamente escuros, segundo nota do Inah.
"Foi recolhido em 60 por cento na sua totalidade, com ossos representativos das quatro extremidades, vértebras, costelas e crânio, assim como vários dentes, o que para os antropólogos físicos é estupendo", disse o texto.
"Quando se trata de exemplares de 10 mil anos, geralmente só se encontra o crânio ou a mandíbula, com sorte 20 ou 30 por cento da ossada", explicou o informe.
Os pesquisadores disseram que provavelmente se trata de um jovem do sexo masculino, que estava com as pernas flexionadas para a esquerda e os braços estendidos ao lado do corpo.
A descoberta, segundo os especialistas, fortalece a tese de que o continente americano foi povoado a partir de várias migrações oriundas da Ásia.
Outros três esqueletos --a Mulher de Naharon, a Mulher das Palmas e o Homem do Templo-- foram achados nos últimos anos em cavernas submersas próximas a Tulum, na região turística conhecida como Riviera Maia.
Essas ossadas "revelam migrações procedentes do Sudeste Asiático anteriores às conhecidas até agora como grupo Clovis, que teria cruzado pelo norte da Ásia, também pelo estreito de Bering, ao final da Era do Gelo", disse o paleobiólogo Arturo González.
O novo esqueleto, que continuará sendo submetido a estudos, foi descoberto em 2006 por um casal de espeleólogos alemães que faziam um reconhecimento na caverna de Chan Hol, expressão que significa "buraquinho" em maia.
Fonte: Estadão
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