Cientistas realizam reconstrução de esqueleto de pássaro que tinha 5,2 metros de distância entre uma ponta da asa até a outra.
"Embora estes animais se pareçam com criaturas de Jurassic Park, eles são aves verdadeiras, e seus últimos representantes podem ter coexistido com os primeiros seres humanos na África do Norte", afirmou o paleontologista alemão Gerald Mayr, um dos líderes da pesquisa.
A estrutura óssea reconstruída sugere que o animal tinha uma envergadura óssea de 5,2 metros, a maior já registrada, explicou David Rubilar, um dos líderes da análise realizada pelo Museu Nacional de História Natural do Chile. O estudo foi publicado no Jornal de Paleontologia Vertebrada.
Segundo o estudo, a estrutura óssea do Pelagornis chilensis seria cerca de 40% maior que a estrutura óssea do Argentavis magnificens, pássaro que viveu na Argentina seis milhões de anos atrás. O Argentavis magnificens, no entanto, tinha longas penas nas asas, o que fazia sua envergadura chegar a quase 7 metros.
A ave pertence a um grupo conhecido como pelagornithids, informalmente chamado de pássaro ósseo-dentado. Eles são caracterizados por seu longo bico fino e dentado, como se tivesse dentes. Esses "dentes" provavelmente teriam sido usados para capturar presas escorregadias em mar aberto, tais como peixes e lulas.
Segundo o pesquisador, o animal tinha ossos frágeis e fósseis anteriores estavam esmagados, dificultando a constatação do tamanho original da ave. "O novo fóssil está praticamente intacto", afirma Rubilar. Ele explica que a estimativa de que a envergadura das aves pré-históricas ultrapassava 6 metros pode estar exagerada.
O conhecimento do tamanho máximo que pode ser atingido por um pássaro é importante para compreender a física por trás de como os pássaros voam. Este novo fóssil, portanto, pode ajudar cientistas a avaliar melhor as limitações físicas e anatômicas em aves muito grande.
Fonte: Revista Galileu
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