Na última década, estudos na área mostram novos padrões de migração e miscigenação dos hominídeos.
Os resultados vêm trazendo novo entendimento sobre padrões de migração e miscigenação de parentes próximos ao homem.
Segundo Ann Gibbons, em comentário publicado este mês na revista especializada Science, potentes scanners de raio-X e modelos computacionais tridimensionais têm também transformado as análises na área.
Dados do sequenciamento do genoma neandertal, publicados em maio deste ano, mostraram não só que os extintos “primos” do homem moderno tinham cabelo ruivo e pele clara, mas também sugeriram que alguns deles miscigenaram com ancestrais do homem moderno.
Em 2005, o mapeamento do genoma de chimpanzé, primata mais próximo do homem, revelou que nossos genomas são muito parecidos.
Um trabalho publicado este mês indicou que o hominídeo de Denisova tem um genoma diferente do humano moderno e do neandertal, e contribuiu com 4 a 6% do material genético dos genomas dos melanésios, população que vive atualmente na Oceania.
Esta foi a década em que novos hominídeos entraram em cena. Em 2002, foi anunciada a descoberta do Toumai, uma nova espécie de hominídeo encontrado na África Central e que pode ser o mais antigo ancestral humano, embora a comunidade científica ainda esteja dividida sobre o fato.
Dois anos depois, em 2004, arqueólogos encontraram um hominídeo-anão, batizado de Homo floresiensis, numa ilha da Indonésia.
Em 2009, cientistas publicaram uma série de artigos argumentando que o Ardipithecus ramidus, batizado de"Ardi", representa um novo hominídeo arcaico, diferente de chimpanzés, gorilas e humanos, confrontando a teoria de que os primeiros hominídeos pareciam e se comportavam como chimpanzés. No entanto, paleontólogos discutem se ele é realmente um ancestral dos seres humanos.
Dentes em uma caverna, ossadas da Lagoa Santa, crânios na África, entre outros, vão compondo o complicado e interessante quebra-cabeça de uma história de cinco milhões de anos.
Fonte: IG
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