Estudo realizado por uma universidade no Canadá mostrou que ataques fatais de ursos negros - espécie encontrada do norte do México ao Alasca - têm aumentado entre humanos nos últimos 50 anos.
A pesquisa, divulgada na última quarta-feira na revista "Gestão de Vida Selvagem", revisou o número de mortes causadas por esses animais na região desde 1900 e mostra que os ataques aumentaram conforme o crescimento da população.
Nos últimos 110 anos, um total de 63 pessoas foram mortas em 59 ataques de ursos, a maioria tendo ocorrido no Alasca e no Canadá.
86% dessas mortes ocorreram desde 1960, mostrando relação entre os ataques dos ursos negros e o crescimento populacional.
- A cada ano, há milhões de interações entre as pessoas e os ursos negros, sem que os humanos saiam feridos. Então, o risco é baixo, mas existe - disse ao site do canal Discovery o professor emérito da Universidade de Calgary, no Canadá, Stephen Herrero. - Nós não demonstramos por que o crescimento da população é correlato ao aumento dos ataques de ursos, mas nós suspeitamos que isso ocorra porque há mais pessoas praticando atividades recreativas e comerciais no habitat desses animais.
A descoberta também acabou com um mito comum de que uma mãe urso protegendo seus filhotes pode ser o tipo mais mortal de animal a se encontrar - 92% dos ataques fatais foram feitos por machos predadores e solitários.
- A maioria dos ataques fatais não envolve ursos que estão familiarizados com os seres humanos - o professor acrescentou.
Ursos que já mataram humanos são mais propensos a repetir o ataque, e pessoas viajando em grupos são mais atraentes para os animais do que as que andam sozinhas.
"A comida que os homens levam e os lixos que produzem tendem a atrair os ursos e podem aumentar a probabilidade de sérios ataques", afirma o estudo.
Fonte: O Globo
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