Funcionários e artistas gostam de contar histórias sobre assombrações.
Apesar de mau, desfigurado e até perigoso, o músico que assombra a Ópera de Paris, no musical O Fantasma da Ópera, ao menos era de carne e osso.
Mas, a julgar pelos relatos de funcionários e atores, o mesmo já não se pode afirmar das aparições que assustam muita gente em palcos tradicionais de Santos.
"Estava muito quente; mesmo assim, de repente, senti um frio intenso, de ficar arrepiada", relata Gisélia Sales, camareira do Teatro Municipal, sobre o dia mais marcante em seus cinco anos de trabalho no local.
"O grupo estava se concentrando para o espetáculo. Um dos auxiliares pediu para eu ficar nas coxias e não deixar ninguém entrar no palco naquela hora".
Logo após, ela viu chegar um homem de chapéu panamá, vestindo calça cinza, camisa branca e portando uma valise. Passou ao seu lado e sorriu, em sinal de cumprimento, enquanto se dirigia para o palco.
Antes que pudesse protestar, já estva sentado em frente a uma das atrizes, concentrando-se junto com ela. "Ninguém falou nada. Pensei apenas que fosse alguém da peça". Cerca de 3 meses depois, veio o assombro.
"Havia um evento no MIS (N.E.: Museu da Imagem e do Som, no andar térreo do mesmo prédio do Teatro Municipal), fui lá levar salgadinhos e água. Quando cheguei, dei de cara com o quadro de um homem, na parede. Era ele".
Ele, no caso, era Hermenegildo da Rocha Brito, um dos pioneiros do rádio em Santos, falecido em 1993. A história se passou em 2001.
Sumiço em pleno ar
Apesar de relativamente novo (foi inaugurado em março de 1979), o Teatro Municipal está cravejado de histórias sobrenaturais.
Certa noite, o auxiliar de cenografia Nilton Assis conversava com dois colegas, no centro do palco. "Era bem tarde quando ouvimos ruídos estranhos, primeiro como se fossem pancadas no andar de cima, depois, um rangido, parecido com o de uma cadeira de balanço".
Os amigos pediram várias vezes para que parassem a brincadeira, sem resultado, e Nilton pensou: "Quero pegar a pessoa que está tentando nos assustar". Saiu pelas coxias e tomou a escada de incêndio até o andar superior, onde há uma passarela, visível do palco, e vice-versa.
"Quando estava subindo, senti uma sensação estranha, de que não deveria subir". Destemido, subiu assim mesmo. "Estava tudo escuro. Quando cheguei, a porta de acesso à passarela estava fechada. Mau sinal".
Segundo Nilton, à época a porta estava com defeito e não poderia ser trancada por dentro. Mesmo assim, respirou fundo e abriu a porta de um só golpe, na esperança de flagrar o engraçadinho.
"Não vi ninguém, como já intuía. Apenas senti uma forte lufada de vento no rosto". Voltou correndo ao palco, e quando chegou os colegas estavam mais assustados do que ele. "Um homem de capa e cartola pretas saiu das coxias, passou por eles escondendo o rosto, foi até o proscênio, abriu os braços em cruz e desapareceu". Os ruídos também desapareceram.
D. Pedro II
Os funcionários são unânimes em afirmar que, ao contrário do que acontece na história de O Fantasma da Ópera, até hoje as assombrações do Teatro Municipal mostraram-se sempre pacíficas, a despeito de algumas inconveniências.
"Fiquei um tempão esperando por um fantasma", conta Sérgio Ricardo, da bilheteria. O fato se deu numa noite, depois de encerrado o espetáculo e com o teatro já vazio. "Fui apagar as luzes e fechar tudo, para ir embora. Só que ainda havia um homem no teatro. Ele estava de pé, na escada, tossindo".
Sérgio foi esperar pelo retardatário do lado de fora, no foyer. "Só que o tempo passava e ele não saía. Resolvi, então, verificar". Ficou surpreso ao constatar que não havia, literalmente, viva alma lá dentro.
Além dos fantasmas anônimos, pelo menos uma grande personalidade já foi vista perambulando pelo Municipal, num estranho passeio noturno: D. Pedro II. "Havia um quadro do imperador na parede, e o pessoal da cantina garante que várias vezes o viu sair do quadro, dar uma volta completa pelo foyer e retornar, diz Nilton.
Fonte: Novo Milênio
Mas, a julgar pelos relatos de funcionários e atores, o mesmo já não se pode afirmar das aparições que assustam muita gente em palcos tradicionais de Santos.
"Estava muito quente; mesmo assim, de repente, senti um frio intenso, de ficar arrepiada", relata Gisélia Sales, camareira do Teatro Municipal, sobre o dia mais marcante em seus cinco anos de trabalho no local.
"O grupo estava se concentrando para o espetáculo. Um dos auxiliares pediu para eu ficar nas coxias e não deixar ninguém entrar no palco naquela hora".
Logo após, ela viu chegar um homem de chapéu panamá, vestindo calça cinza, camisa branca e portando uma valise. Passou ao seu lado e sorriu, em sinal de cumprimento, enquanto se dirigia para o palco.
Antes que pudesse protestar, já estva sentado em frente a uma das atrizes, concentrando-se junto com ela. "Ninguém falou nada. Pensei apenas que fosse alguém da peça". Cerca de 3 meses depois, veio o assombro.
"Havia um evento no MIS (N.E.: Museu da Imagem e do Som, no andar térreo do mesmo prédio do Teatro Municipal), fui lá levar salgadinhos e água. Quando cheguei, dei de cara com o quadro de um homem, na parede. Era ele".
Ele, no caso, era Hermenegildo da Rocha Brito, um dos pioneiros do rádio em Santos, falecido em 1993. A história se passou em 2001.
Sumiço em pleno ar
Apesar de relativamente novo (foi inaugurado em março de 1979), o Teatro Municipal está cravejado de histórias sobrenaturais.
Certa noite, o auxiliar de cenografia Nilton Assis conversava com dois colegas, no centro do palco. "Era bem tarde quando ouvimos ruídos estranhos, primeiro como se fossem pancadas no andar de cima, depois, um rangido, parecido com o de uma cadeira de balanço".
Os amigos pediram várias vezes para que parassem a brincadeira, sem resultado, e Nilton pensou: "Quero pegar a pessoa que está tentando nos assustar". Saiu pelas coxias e tomou a escada de incêndio até o andar superior, onde há uma passarela, visível do palco, e vice-versa.
"Quando estava subindo, senti uma sensação estranha, de que não deveria subir". Destemido, subiu assim mesmo. "Estava tudo escuro. Quando cheguei, a porta de acesso à passarela estava fechada. Mau sinal".
Segundo Nilton, à época a porta estava com defeito e não poderia ser trancada por dentro. Mesmo assim, respirou fundo e abriu a porta de um só golpe, na esperança de flagrar o engraçadinho.
"Não vi ninguém, como já intuía. Apenas senti uma forte lufada de vento no rosto". Voltou correndo ao palco, e quando chegou os colegas estavam mais assustados do que ele. "Um homem de capa e cartola pretas saiu das coxias, passou por eles escondendo o rosto, foi até o proscênio, abriu os braços em cruz e desapareceu". Os ruídos também desapareceram.
D. Pedro II
Os funcionários são unânimes em afirmar que, ao contrário do que acontece na história de O Fantasma da Ópera, até hoje as assombrações do Teatro Municipal mostraram-se sempre pacíficas, a despeito de algumas inconveniências.
"Fiquei um tempão esperando por um fantasma", conta Sérgio Ricardo, da bilheteria. O fato se deu numa noite, depois de encerrado o espetáculo e com o teatro já vazio. "Fui apagar as luzes e fechar tudo, para ir embora. Só que ainda havia um homem no teatro. Ele estava de pé, na escada, tossindo".
Sérgio foi esperar pelo retardatário do lado de fora, no foyer. "Só que o tempo passava e ele não saía. Resolvi, então, verificar". Ficou surpreso ao constatar que não havia, literalmente, viva alma lá dentro.
Além dos fantasmas anônimos, pelo menos uma grande personalidade já foi vista perambulando pelo Municipal, num estranho passeio noturno: D. Pedro II. "Havia um quadro do imperador na parede, e o pessoal da cantina garante que várias vezes o viu sair do quadro, dar uma volta completa pelo foyer e retornar, diz Nilton.
Fonte: Novo Milênio
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