Além de ser um dos mais antigos, celacanto também é um dos mais longevos.
Até 1938 quando o celacanto foi encontrado na costa da África, os cientistas acreditavam que ele havia sido extinto há 65 milhões de anos com uma linhagem de peixes pré-históricos relacionada a ele.
Após sua redescoberta , diversas populações deles foram encontradas no oeste dos oceanos Índico e Pacífico.
Se essas populações estavam conectadas entre elas é um mistério. “As pessoas continuavam a pescá-lo, mas isto não nos diz nada sobre a população deles, quão numerosos eles eram...”, diz o líder do estudo Hans Fricke, especialista em comportamento animal no Instituto Max Planck em Bremen, na Alemanha.
A falta de dados confiáveis levou Fricke e colegas a iniciar um estudo de 21 anos com a população de celacantos perto de Comores, um grupo de ilhas entre as ilhas de Seychelles e Madagascar.
Como os celacantos vivem em profundidades de 160 a 200 metros enviar mergulhadores para observar o comportamento deles estava fora de questão.
Em vez disso a equipe usou submersíveis para fotografar, gravar e estudar os celacantos. Como eles possuem marcas brancas em suas laterais, a equipe foi capaz de identificar mais de 140 indivíduos durante as centenas de viagens dos submersíveis.
Eles , no entanto, não conseguiram encontrar jovens na população de 300 a 400 celacantos.
Pouco é sabido também sobre como eles nascem, afirmou Fricke, cujo estudo apareceu recentemente no periódico científico Marine Biology.
“Nós colocamos um sistema de monitoramento em uma fêmea grávida e acompanhamos a descida dela ao fundo. Imaginamos, portanto, que as mães possam estar indo a grandes profundidades para dar a luz”, especula ele.
Mais estranho ainda, apenas três ou quatro celacantos parecem morrer a cada ano e o lugar deles na população é tomado por três ou quatro adultos que aparecem misteriosamente não se sabe de onde.
Como cerca de 4,4% de uma dada população de celacantos parece morrer ao ano, Fricke estima que eles tenham uma vida de 103 anos – outros peixes, como os que vivem em águas profundas do gênero Sebastes, tem taxa de mortalidade similar e vivem cerca de 100 anos.
Com tão poucas mortes e reposições na população, Fricke acredita que a evidência é clara de que os celacantos vivem muito.
Mesmo assim, eles não mostram os sinais do passar do tempo, o que torna determinar a idade deles uma tarefa muito difícil.
Além disso, os métodos normais para medir a idade de peixes não pode ser usado com os celacantos – como medir os anéis de crescimento.
Fonte: IG
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