Depois de vários anos de atraso por razões orçamentárias o Rádio Telescópio russo Spektr-R movimenta-se, enfim por cima das nossas cabeças.
O projeto teve início na altura em que a Rússia era ainda União Soviética.
De uma massa terrestre de 3,8 toneladas, o aparelho dispõe de uma antena de 10 metros de diâmetro que lhe permite comunicar com as estações de alta resolução.
O astrofísico Nikolay Kardashev explica: “O Hubble permite observar objetos a grandes distâncias, mas o anglo de resolução e os detalhes não são muito elevados. Deveríamos ser capazes de receber imagens, centenas de vezes melhores em qualidade do que o Hubble.”
A órbita dos telescópios é muito elíptica, uma vez que está situada entre 10 mil a 390 mil quilómetros da terra, ou seja a distância entre a terra e lua.
O satélite vai estudar as ondas rádio, os fenómenos estrelares e os buracos negros.
Os cientistas aguardam com grande expectativa as informações que ele irá recolher.
Em Moscovo, no Instituto russo da Academia das Ciências fala-se de um tempo mínimo de vida de cinco anos. Sergei Likahchev defende: “Penso que a astrofísica moderna está à beira de uma revolução. Creio de dentro de 10 ou 15 anos o universo vai mudar”.
O Radio Telescópio Spektr-R vai permanecer em órbita durante cinco anos, tempo suficiente para que os cientistas possam regalar-se com imagens do universo profundo de uma resolução muito precisa.
Outra esperança para a ciência é a obtenção de dados sobre a descoberta de outras galáxias.
Fonte: Euronews
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