"Encontramos uma porção da parte frontal ou proa do navio, são várias dezenas de peças de cerca de 2 m de comprimento e menos de meio metro de altura", explicou nesta sexta-feira o arqueólogo Michael Pappalardo, encarregado da avaliação da descoberta.
O especialista é membro da AKRF, uma das empresas contratadas pela Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey para documentar as descobertas históricas nas obras de reconstrução no Marco Zero, onde ficavam as torres do World Trade Center.
Pappalardo, que afirmou que é "muito pouco provável que existam mais restos do navio na região", assegurou que as novas partes descobertas estavam "exatamente onde deveriam estar, já que se encontravam à frente dos primeiros restos encontrados no ano passado".
Em julho de 2010, um grupo de trabalhadores do Marco Zero encontrou os primeiros restos da embarcação do século XVIII.
Segundo as análises dos restos do navio, que permaneceu durante mais de 200 anos enterrado no sul de Manhattan, se tratava de "uma embarcação comercial, não militar, provavelmente para transportar pessoas ou bens ao longo do Rio Hudson".
Além disso, em algum momento viajou ao Caribe, já que foram encontrados parasitas nos restos de madeira analisados que só se encontram nessas águas, revelou Pappalardo.
Os novos restos encontrados serão levados ao Centro de Conservação e Arqueologia Marítima do Texas, onde se encontram os laboratórios nos quais são analisadas as peças encontradas no ano passado e onde ficarão temporariamente até que as autoridades nova-iorquinas decidam o que fazer com elas.
Em 1982, foram encontrados os restos de uma embarcação mercante do século XVIII em obras na Water Street, também no sul de Manhattan.
Fonte: Terra
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