Uma das partículas do asteroide, vista atravé de um microscópio óptico. Esta é a segunda vez que rochas extraterrestres são coletadas a trazidas para estudo na Terra.[Imagem: JAXA/ISIS]
Amostras extraterrestres
Cientistas divulgaram uma série de seis estudos sobre as amostras coletadas de um asteroide pela sonda japonesa Hayabusa.
A sonda trouxe à Terra as primeiras amostras coletadas no espaço desde que os astronautas da Apolo coletaram amostras da Lua.
A Hayabusa não funcionou muito bem e, em vez de trazer um bocado de rocha do asteroide Itokawa, só chegaram à Terra 1.500 partículas de poeira.
Mas foi o suficiente para que os cientistas identificassem, há cerca de um ano, um mineral verdadeiramente extraterrestre, que não existe na Terra.
Diário do Sistema Solar
Agora, com muito mais tempo e com várias equipes ao redor do mundo estudando os minúsculos grãos de poeira espacial, a revista Science publicou um número especial com as conclusões dos estudos.
A análise mostrou que o Itokawa, um asteroide rochoso do tipo S, é do mesmo tipo dos meteoritos que caem na Terra, os chamados condritos.
E, como os condritos estão entre os objetos mais primitivos no Sistema Solar, isso confirma que os asteroides vêm registrando uma longa e rica história dos eventos que marcaram a formação e a evolução do nosso sistema planetário.
Por exemplo, enquanto as rochas lunares mostram sobretudo um registro da ação dos ventos solares, a poeira do asteroide revelou eventos significativos de aquecimento e impactos com outros corpos celestes.
Fragmento
Com base no seu tamanho atual, os cientistas concluíram que o Itokawa é o fragmento de um asteroide que já foi muito maior no passado, uma vez que é necessário ter uma dimensão mínima para que se atinjam as temperaturas registradas nos minerais estudados.
A NASA planeja enviar uma sonda robótica, a Osiris-Rex, para explorar e coletar amostras de um asteroide. A missão está planejada para ser lançada em 2016.
Fonte: Inovação Tecnológica
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