segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A micro-Tunguska dos Pampas: A explosão de Esteban Echeverría (meteorito, sucata espacial, mini-cometa ou um prosaico botijão?)

Autoridades não negam meteorito nem o confirmam. Tampouco negam ou confirmam outras hipóteses. Mas, por via das dúvidas, mandaram um time completo para medir eventual radiação na área. Foto da Agência EFE, de Leo La Valle.




Por Ariel Palácios


Criadora de cães yorkshires, astróloga e jogadora de tarô. Estas são as credenciais de Andréa Gabriel, moradora da empoeirada avenida Los Andes no periférico bairro Lomas de El Zaizar, no suburbano distrito de 9 de Abril, no modesto município de Esteban Echeverría, na empobrecida zona sudoeste da Grande Buenos Aires.

Em pé, do lado de dentro do portão de seu jardim, aponta o indicador direito para o céu e pontifica em tom de confidência: “o governo está encobrindo alguma coisa”.

Com o mesmo indicador, agora apontado na direção da outrora pacata esquina da rua Luis Vernet, acrescenta: “algo caiu ali e provocou a explosão”.

Em seu braço esquerdo Llao – um Yorkshire de um quilo e meio com aspirações a Pitbull – late alto duas vezes, como se estivesse confirmando a informação pronunciada por sua New Age patroa.

“Mas, o que foi exatamente que espatifou-se ali?” pergunto, olhando na direção por ela apontada. A seu lado, Marcela Cruz, amiga de Andréa, interrompe: “fale olhando para ela… caso contrário não poderá ler seus lábios!”.

Viro meu rosto para Andréa – que percebo que é surda, embora não muda – e faço novamente a pergunta. “Algo… um meteorito, uma partícula de algo do espaço. Algo caiu”, responde.

“E agora o governo quer apresentar a coisa como se fosse uma explosão de gás dos botijões”, afirma. “Aa-hámm!”, exclama em tom de desconfiança, franzindo o queixo de forma simultânea com uma levantada cética da sobrancelha direita. “Mas. nós aqui sabemos que não foi isso. Não estamos todos loucos neste bairro!”, sustenta indignada.




A astróloga Andrea Gabriel com seu fiel Llao. Ao lado, a amiga Marcela. As duas acreditam que o governo “esconde” a presença de um meteorito ou outra “coisa estranha” (Foto de Ariel Palacios)


Andréa, ao contrário dos outros moradores do bairro, por sua surdez, não ouviu a explosão que ao redor das 2:00 horas da madrugada da segunda-feira arrasou duas casas e um comércio, além de destruir três automóveis, que ficaram com as rodas para cima, como se fossem cavalos mortos em um bombardeio e de rachar as paredes de outras quinze residências.

Uma pessoa – a peruana Silvia Espinoza – morreu soterrada pelos escombros. Outras oito pessoas tiveram ferimentos leves na explosão.

No entanto, Andréa viu uma luz intensa – “eram as 2:30 horas e parecia que era de dia” – e na sequência “sentiu” a vibração da onda expansiva, que estilhaçou janelas em sua casa, localizada a cinco quarteirões do epicentro de um evento que até o fechamento desta edição ainda não contava com uma explicação por parte das autoridades argentinas.

Llao, além da cadela Mara, vomitaram nas horas prévias. “Eles nunca vomitam. Pressentiram alguma coisa”, ressaltou – novamente com o dedo em riste – para destacar a existência de um misterioso vínculo entre a “partícula” espacial com o sensorial sistema gástrico canino.

Desde que foi criado em 1913, o município de Esteban Echeverría (batizado em homenagem ao escritor homônimo, nascido em 1805 e falecido em 1851, que introduziu o romanticismo na Argentina) teve uma História pacata.

Não foi o cenário de batalhas como a próxima Quilmes, nem foi o foco de tramas literárias borgianas como a vizinha Adrogué, sequer foi o campo de colossais mobilizações populares como o município de Ezeiza, perto dali.

A região só podia ostentar o orgulho de albergar uma humilde churrascaria onde há poucos anos Keith Richards lambeu os beiços ao devorar miúdos bovinos regados com vinho.

No entanto, a catástrofe desta semana fez Esteban Echeverría, e mais especificamente, o bairro de El Zaizar – costumeiramente esquecido pelas autoridades – aparecer com destaque no noticiário nacional e internacional.

A cinco quadras da casa de Andrea, a esquina de Los Andes e Luis Maria Vernet, centro das atenções do bairro, é uma versão pobre do “Evento de Tunguska”, denominação da explosão que em 1908 arrasou 2.150 quilômetros quadrados da região de Tunguska, ao lado do rio Podkamennaya, na Sibéria.

Mais de um século depois, ainda não existe uma conclusão científica sobre as causas da destruição nos confins siberianos.

Entre diversas hipóteses estão a queda de um cometa ou de um meteorito, um ovni desgovernado que ali espatifou-se, um mini-buraco negro que tangenciou a Terra e uma pitada de antimatéria estatelada na área. Tunguska virou hit-parade de contos de ficção-científica e videogames.

Mutatis mutandis, esta versão de uma Tunguska dos Pampas é mais modesta. A explosão, que destruiu totalmente duas construções e abalou as estruturas de outras 15 casas – além de destruir os vidros das janelas – em um raio de três quarteirões ao redor do epicentro – fez tremer as residências que estão em um raio de 25 quarteirões do cruzamento de Los Andes e Vernet. O estrondo forte foi ouvido a 40 quarteirões de distância.



Foto do resultado da explosão que arrasou milhares de acres na região de Tunguska. Dezenove anos depois, uma expedição soviética que vasculhou a área atrás de indícios. Foto da época que mostra as árvores calcinadas e tombadas.

Mas, tal como a original siberiana, a mini-Tunguska bonaerense gerou uma saraivada de teorias. Incluindo – comme il faut em um país adicto aos rumores – as teorias conspiratórias.

“Existe uma possibilidade de que tenha caído um mini-cometa” foi a especulação pronunciada por Héctor Méndez, do Museu de Ciências Naturais de Monte Grande.

“Isso já ocorreu em 1908 na Sibéria. Naquela ocasião não havia cratera alguma. E neste caso de Esteban Echeverría chama a atenção de que não havia cratera”.

Mini-meteoritos convencionais, mini-meteoritos de consistência gaseosa ou meteoritos carbonáceos, sucata espacial, mini-cometa, um piloto da aeronáutica que sem querer disparou um míssil ou um prosaico botijão do próprio planeta Terra foram algumas das especulações que embalaram os canais de TV, rádios e jornais argentinos nesta semana.

Os especialistas recordavam que passaram 4 mil anos desde a última vez que uma chuva de meteoritos atingiu seu território na atual província do Chaco.

“É uma incógnita”, declarou Lucia Sendon, diretora do Planetário de Buenos Aires. “Seria necessário encontrar algum vestígio, se isto fosse o resultado de um meteorito. As probabilidades de que uma coisa assim aconteça são baixas…mas existem!”.

“Não foi uma explosão de gás”, pondera o chefe do corpo de bombeiros do município, Guillermo Pérez, na contra-mão das forças policiais, que sugeriam – embora não tenham afirmado categoricamente – que a catástrofe fora causada por uma fuga de gás de uma conexão clandestina.

Seguindo a mesma linha de descartar possibilidades – mas sem oferecer explicações para a explosão – Mariano Ribas, coordenador de astronomia do Planetário, indicou que seria impossível que tivesse caído uma “xepa” sideral do americano UARS: “não deveriam ser restos do satélite americano que caiu na madrugada do sábado sobre o Oceano Pacífico, já que isso ocorreu 48 horas antes da explosão em Esteban Echeverría”.

A 2.400 quilômetros de distância, em Brasília, Cássio Leandro Barbosa, astrofísico da Univap, explica por telefone que “se fosse um meteorito, haveria uma cratera e teriam que encontrar uma pedra.

E, com certeza, a recuperação do próprio bólido teria gerado um grande interesse”. Segundo ele, “se o suposto meteorito tivesse fragmentado no ar teria que ter ocorrido uma chuva de pedaços, e haveria uma área maior atingida. Não parece que fosse um meteorito”.

A eventualidade de um Tunguska pampeano, afirma, “poderia acontecer… mas as probabilidades são baixas. Mas, quem sabe… já passaram 100 anos do evento na Sibéria”.

Enquanto isso, na cidade de Buenos Aires o Twitter agitava-se com comentários sobre a explosão na periferia recordando as supostas profecias maias sobre o iminente fim do mundo em 2012, os recentes terremotos no Haiti, Chile, Japão e EUA e as tempestades solares.

Não faltaram alusões à oitentista série televisiva “Alf, o ETeimoso” (cujo protagonista, após a explosão de seu planeta natal, Melmac, espatifou-se com sua mini-nave espacial no teto da garagem da californiana família Tanner) e à queda de Kal-El (rebatizado como Clark Kent, a.k.a. “Superman”) ao lado da estrada em Smallville, Kansas.

A única morta do “mistério” de Esteban Echeverría foi Silvia Espinoza, uma cidadã peruana de 43 anos que residia há uma década e meia na Argentina.

Silvia compartilhava a casa com seu irmão e a cunhada. Empregada doméstica, morreu com vários traumatismos, soterrada pelos escombros após a explosão.

Dois dias depois da explosão e da morte de Silvia, seu irmão, Roberto – que teve feridas leves – partiu com a esposa para o Peru, acompanhando o féretro.

Segundo a prefeitura, os oito feridos, internados no hospital Santamarina de Monte Grande, tiveram alta antes da quinta-feira.

Com as casas destruídas, foram morar provisoriamente com parentes em outros bairros. “Não vi mais ninguém por aqui… sumiram todos”, comenta Julia, uma dona de casa que reside a três quarteirões do epicentro da explosão.

A notícia sobre a eventual queda de um meteorito ou de sucata espacial gerou um breve intermezzo na campanha eleitoral argentina.

O próprio chefe do gabinete de ministros, Aníbal Fermández, deixou de lado suas costumeiras declarações políticas para expor suas dúvidas sobre o caso: “muitos moradores da área deram o mesmo tipo de depoimento (da queda de um objeto espacial).

É preciso prestar atenção nisso. Não deve ter sido uma explosão de gás”. Depois, como bom peronista, fez questão de ressaltar as origens operárias de sua família: “meu pai era trabalhador de encanamentos de gás…e por isso sei que um botijão não explode desse jeito”.

O prefeito Fernando Grey, visitou o lugar do acidente poucas horas depois da explosão. “Não quero entrar em hipóteses”, respondeu quando os jornalistas lhe perguntaram sobre a possibilidade de um meteorito ou um satélite.


Sotelo, que mora na calçada da frente do lugar da explosão, foi ajudar os vizinhos que estavam sob os escombros. Após remover as pessoas, viu uma cratera misteriosa que as autoridades, um dia depois, encarregaram-se – assim o afirma – de cobri-la com terra (Foto de Ariel Palacios)


Os moradores de El Zaizar também possuem suas teorias pessoais. “Desci do ônibus e entrei em casa 15 minutos antes da explosão. Estava me preparando para deitar quando tudo ficou iluminado como se fosse de dia. Uma luz laranja. Aí, a explosão. A onda de ar abriu a porta da rua, abrindo a fechadura, que ficou torta! Sai correndo com minha mulher para ver o que era… e vimos as casas da frente destruídas”, relata Gustavo Javier Sotelo, morador da rua Luis Vernet, na calçada da frente das casas arrasadas. “Aí fomos tirar o pessoal que estava sob os escombros. Eram as 2:15 horas”.

Subitamente, Sotelo olha para os lados discretamente, faz um gesto para que me aproxime mais da porta de sua casa, e diz, sussurrando: “muitas pessoas aqui estão deixando de dizer o que viram. Eu lhe digo: o governo está encobrindo algo”.

Sotelo semicerra as pálpebras, olha para leste e oeste, cala uns segundos para fazer o suspense ad hoc e diz: “nos primeiros minutos nem paramos para pensar o que havia causado a explosão. Só queríamos remover o pessoal dos escombros. Mas, quando a coisa estava mais calma, pude ver um buraco no chão. Dali saía fogo. Não saía fumaça. Só fogo. Um vizinho jogou um balde d’água. Pode acreditar que não apagou? O fogo continuou e só depois de muito esforço dos bombeiros é que apagou”.

“Mas, onde está esse buraco-cratera?”, pergunto. Nesse momento passa um desconhecido pela calçada. Sotelo fica calado.

Mas, rapidamente, quando o desconhecido está a mais de cinco metros, retoma o caso, como se estivesse revelando a própria queda de um ovni em Roswell. “Tá vendo os terrenos? Está tudo limpo. Ali (mostra uma área no meio de onde estavam as casas) estava o buraco. Mas no dia seguinte cobriram tudo com terra”.

Sotelo cria seu próprio clima de “X-Files” suburbano e arremata: “se havia algo ali, eles (o governo) levaram embora…”.


A sra Juana ouviu “pedrinhas caindo sobre o teto” minutos antes da explosão. Acho que eram crianças sapecas querendo assustá-la. Depois, ouviu a explosão. O resultado pessoal: a parte de frente de sua casa sofreu o impacto da explosão, que destruiu a janela, entre outros prejuízos (Foto de Ariel Palacios)


Na casa do lado, a dona de casa Juana Ibáñez, conta que estava com a TV ligada, esperando que os netos voltassem de uma festa.

“Achei estranho, antes de tudo, parecia que estavam caindo pedras no teto… como se fosse granizo, mas mais forte. Achei que era a molecada pregando uma peça. Uns minutos depois, às 2:20 horas, ouvi o estrondo e tudo sacudiu aqui”.

A presença de autoridades era ostensiva, com integrantes da Polícia Federal, da Polícia Bonaerense e Gendarmería.

“Muito estranho. Quantas vezes aconteceu um desabamento aqui, incêndios, enchentes e ninguém veio ajudar. E agora aparece todo esse povo aqui por causa de uma explosão de gás? Tem coisa aí”, murmura – enquanto coça o queixo para dar ênfase em seu ceticismo – Claudio Salazar, do distrito vizinho de Luis Guillon, que passou pela área por “pura curiosidade”.


A cabeleireira Yoana estava no quarto com o namorado na hora da explosão. “Vimos uma luz violeta”, relata. Na foto, Yoana com a mãe, Vilma (Foto de Ariel Palacios)


A uma quadra de distância, Cristina e Rosa observam curiosas o movimento de policiais e integrantes da prefeitura na área.

“Tão escondendo algo”, falam em uníssono. No quarteirão lateral, pela avenida Los Andes, Yoana, cabeleireira do bairro, conta como suas janelas “explodiram” com o impacto.

“Estava no quarto com meu namorado… e vimos uma luz violeta. Eram as 2:30 horas”. Sua mãe, Vilma, completa, com tom categórico: “já esconderam o meteorito”.

As suspeitas de que algo “estranho” estava ocorrendo na área da explosão foi a presença de uma equipe da Brigada de Riscos Especiais que, vestidos com vestimenta de proteção contra a radiação, media com um contador geiger os níveis radioativos da área.

Diversos moradores afirmam que viram uma “bola de fogo” cair sobre o bairro, na direção das casas que ficaram destruídas. Sotelo afirma que antes de arrasar as casas, a suposta bola – em sua trajetória de queda – teria arrancado, com um corte cirúrgico, a parte de cima de um poste telefônico a uma quadra de distância do lugar da explosão.

“O poste ficou ardendo. No dia seguinte, veio a prefeitura e removeu o resto do poste. Ali estavam as provas”.

Fernando Passos, assessor de imprensa da prefeitura de Esteban Echeverría, explica que o poste foi simplesmente removido porque estava quebrado e precisava ser substituído por um novo após a explosão.

Segundo ele, a onda de choque rompeu os cabos. Christian, um operário da empresa telefônica que instalava o novo poste e conectava as linhas de telefone, sorriu amarelo e tentou desconversar: “pra mim foi somente um cabo de alta tensão que sobrecarregou”.


Christian, da empresa telefônica, preferiu uma explicação mais convencional para a explosão (Foto de Ariel Palacios)


“Espera-se a perícia da Polícia Bonaerense nos próximos dias” para saber qual foi o motivo da explosão que tornou-se o centro das atenções midiáticas, disse Passos.

No entanto, as versões da bola incandescente foram reforçadas por um rapaz do bairro que divulgou uma imagem de uma pequena esfera vermelha que deixava atrás de si no céu escuro uma leve curva do mesmo tom.

A imagem foi um sucesso breve na web. No entanto, segundo a Polícia, no mesmo dia o jovem admitiu que a foto, feita com um Blackberry, não passava de uma “truchada” (na gíria portenha, “falsidade” ou “picaretagem”). O rapaz foi detido pela Polícia por falsidade ideológica.

“Não era mentira. A foto era real. ‘El pibe’ (o garoto) foi obrigado a confessar o contrário. Agora ele está calado, escondido”, argumenta Florência Acevedo, que mora no primeiro andar de um sobrado na esquina da tragédia.

Na noite da explosão a porta de seu quarto ficou travada com a onda de impacto e teve que descer pela janela até a rua.

“Eu vi as pedrinhas incrustadas na madeira do poste, que brilhavam. E ele viu a bola de fogo também”, afirma, apontando para o sem-teto do bairro, Bruno Victor Pereira, que naquela madrugada estava sentado no meio-fio.

“Estava bebendo uma garrafa de cerveja…” começa a explicar. “Bebum!” grita a criançada ao redor que assistia a entrevista.

“Não estava bêbado nesse dia, seus pivetes!” exclama sério. “Juro que vi algo cair e depois veio uma onda de ar que me fez bater nesta coluna”. A garrafa de cerveja caiu de sua mão e quebrou com a onda explosiva, lamenta Pereira resignado.


Florencia Acevedo e Bruno Pereira afirmam que viram coisas estranhas na madrugada da 2afeira passada (Foto de Ariel Palacios)


Florencia interrompe Pereira e acrescenta: “Na madrugada seguinte eu vi da janela de meu quarto que dois carrões paravam na frente do terreno. Aí, desceram dois caras de cada carro. Foram até o meio dos escombros e pegaram algo ali que colocaram dentro dos carros. E se mandaram”.



Franco: um sorvo de tereré para esquecer o susto da madrugada da 2afeira (Foto de Ariel Palacios)


Os vizinhos do quarteirão de trás da explosão também sentiram o impacto. “Estávamos deitados. A cama pulou no ar. As janelas foram destruídas. E vimos a luz, laranja, iluminando tudo, como se fosse de dia”, diz Franco, enquanto toma a fresca na calçada de sua casa, bebendo tereré (chimarrão frio) na companhia de sua mulher, Sonia.

Depois, arremata: “olha, moço, a única coisa que tenho para acrescentar é que foi algo terrível”. Bebe mais um sorvo de tereré e repete, desta vez em tom de sussurro: “terrível!”



Fonte: Estadão

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