Pesquisadores desenvolveram um modelo que ajuda a entender o movimento das placas tectônicas e os abalos sísmicos.
Um estudo da Universidade Monash, na Austrália, pode ajudar a evitar milhares de mortes e destruição.
Ele criou um modelo que ajuda a entender o movimento das placas tectônicas que formam a crosta terrestre e pode, no futuro, ajudar a prever terremotos – e minimizar seus danos. A pesquisa foi divulgada na revista Nature.
Fabio Capitanio, que liderou a pesquisa, afirma que a teoria explica o comportamento de uma placa tectônica, mas pode ser ampliada para um conjunto delas. Ao todo, a Terra tem 52 placas que se movem de acordo com a atividade do magma.
Ao entender as forças que levam à movimentação das placas, os cientistas esperam conseguir prever os abalos e suas consequências, como a formação de cadeias montanhosas e a abertura ou fechamento de oceanos.
Segundo Capitanio, as teorias atuais não conseguiam explicar muito bem como a formação das maiores cadeias montanhosas e ele partiu dessa deficiência para construir o novo modelo.
"Sabíamos que os Andes se formaram pela entrada de uma placa sob a outra", diz Capitanio. "Mas isso aconteceu 125 milhões de anos atrás, e as montanhas só começaram a se formam 45 milhões de anos depois. Não entendíamos essa demora".
A nova teoria usa a física em modelos tridimensionais para prever o comportamento das placas e saber, por exemplo, se estão acelerando ou parando.
Funcionou para predizer o movimento dos Andes nos últimos 60 milhões de anos. Agora, os pesquisadores devem tentar usá-lo para explicar a evolução de outras regiões do planeta.
Fonte: Revista Época
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