Usando o telescópio espacial Hubble, eles conseguiram novos dados do que sobrou da explosão estelar (que parece uma bolha de sabão) para identificar um dos vários cenários que provocam tais explosões.
Com base em observações anteriores de telescópios terrestres, os astrônomos sabiam que a classe dessa supernova, chamada de tipo Ia, criou uma nebulosa em forma de bolha chamada SNR 0.509-67,5, que fica a 170 mil anos-luz da Terra, na galáxia Grande Nuvem de Magalhães.
Teoricamente, esse tipo de supernova acontece quando uma estrela conhecida como anã branca atrai massa de outra estrela, entrando em colapso na sequência.
Mas no caso de SNR 0.509-67,5, os cientistas não conseguiram encontrar nenhum traço da estrela companheira da anã branca.
"Sabemos que o Hubble tem a sensibilidade necessária para detectar os mais fracos restos de anã branca que poderia ter causado tais explosões", disse o pesquisador principal Bradley Schaefer, da Universidade Estadual de Louisiana, nos Estados Unidos.
"A lógica aqui é a mesma da famosa frase de Sherlock Holmes: 'Quando você tiver eliminado o impossível, aquilo que permanece, ainda que improvável, deve ser a verdade'".
Cientistas acreditam que a causa da supernova pode ser explicada pela órbita de duas estrelas anãs brancas em espiral, que se movimentavam cada vez mais perto até que houve uma colisão e, consequentemente, a explosão.
Durante quatro décadas, a busca de supernovas do tipo Ia tem sido uma questão chave na astrofísica. O problema tem assumido especial importância durante a última década, quando supernovas deste tipo passaram a ser ferramentas para medir o universo em aceleração.
Fonte: Terra
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