Os filhotes de píton birmanesa, um tipo de serpente constritora (Python molurus bivattatus), podem aguentar a salinidade da água do mar e, assim, têm chances de expandir sua presença no oceano e em estuários de Everglades, na Flórida, de acordo com pesquisa publicada no “Journal of Experimental Marine Biology and Ecology”.
O trabalho, baseado em experimentos de laboratório do Serviço Geológico dos EUA (USGS, na sigla em inglês), alerta que os pítons podem invadir as ilhas próximas, como a Florida Keys, de acordo com Kristen Hart, do USGS e autor principal do estudo.
- Os répteis, em geral, têm baixa tolerância à salinidade, esperávamos que a água salgada dificultasse a capacidade das pítons se expandirem para além de Everglades - disse Hart. - Infelizmente, nossos resultados sugeremque a água salgada por si só não pode agir como uma barreira confiável.
Até então, as pítons birmaneses somente tinham sido encontradas em margens salobras do Everglades, a zona úmida de água doce que abriga a única população selvagem desta espécie exótica nos Estados Unidos. Não havia informações de quanto tempo elas resistiriam em ambientes salinos.
- O estudo demonstra a possibilidade das pítons se espalharem para novos habitats – afirmou a diretora do USGS Marcia McNutt.
O trabalho realizado em laboratório foi considerado conservador. Por exemplo, não levou em conta os efeitos do acesso à alimentação em ambientes de água salgada sobre a sobrevivência das serpentes, nem calculou as possibilidades das cobras obterem água doce com chuvas.
Fonte: O Globo Online
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