Ao contrário do que se imaginava anteriormente, pesquisadores viram que diamantes mandarim reconhecem parentes pelo cheiro.
Por muito tempo pensou-se que pássaros canoros não usavam o olfato. Isso porque um estudo de 1968 havia descoberto que seus bulbos olfativos são menores que os de outros tipos de pássaros.
Embora a região olfativa do cérebro dos mandarins seja "pequena, parece funcionar", segundo E. Tobias Krause, biólogo da Universidade de Bielefeld na Alemanha e um dos autores do estudo.
Krause e seus colegas relataram seu achado na revista Biology Letters.
Depois que os mandarins chocaram seus ovos, os pesquisadores transferiram seus filhotes para ninhadas diferentes, longe dos pais.
Com vinte a vinte e três dias de idade, foram apresentadas a cada pássaro amostras do ninho onde foram chocados e do ninho onde foram acolhidos. Os pássaros indicaram sua preferência em entrar ou empoleirar-se em frente à caixa artificial que produzia o odor mais apelativo.
"Eles escolheram o ninho de seus pais genéticos", diz Krause.
Os pássaros podem estar recorrendo ao cheiro para detectar parentes e evitar cruzamento consanguíneo, segundo Krause.
"Nossos resultados se restringem aos mandarins, mas é muito provável que outros pássaros canoros e outros pássaros em geral tenham essa habilidade de reconhecer sua linhagem", diz ele.
Pesquisas futuras poderão ajudar a determinar se a habilidade dos mandarins de detectar o odor de seus parentes é inata ou aprendida. Qualquer que seja o caso, Krause diz que "essa capacidade de reconhecer parentes é baseada em estímulos".
Fonte: IG
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