Uma nova pesquisa aponta diferenças no comportamento das abelhas em situações extremas.
Abelhas também têm personalidade. Foi o que descobriram pesquisadores da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, observando que algumas delas buscavam novidades mais do que outras.
De acordo com o estudo publicado nesta semana no website da revista Science, quando estão em comunidade, as abelhas assumem as suas respectivas funções para melhor servir à rainha, mas quando estão sozinhas ou em situações extremas, parte delas tende a assumir uma postura diferente, agindo de acordo com a sua 'vontade”.
Os cientistas pesquisaram dois tipos de comportamentos das abelhas, quando buscam alimento em locais afastados e quando saem em busca de uma colmeia.
E perceberam que, em momentos de crise, os insetos têm comportamentos incomuns para seres com uma organização rígida de funções.
Quando uma colônia de abelhas supera sua capacidade de indivíduos, parte do enxame deve encontrar um novo lar adequado.
Neste momento, algumas poucas abelhas - menos de 5% do enxame – saem para encontrar uma nova colmeia.
Estas abelhas, chamadas de vigias do ninho, são em média 3,4 vezes mais propensas a se tornarem caçadoras de alimentos em longas distâncias.
Segundo os pesquisadores, esta mudança deve-se por conta de alguma espécie de “personalidade” rudimentar nos insetos. Até então, somente identificado em seres humanos.
Para formular uma base molecular que explicasse estas diferenças, os cientistas analisaram o genoma das abelhas “olheiras” e “não olheiras”.
Foram encontradas substâncias relacionadas a glutamato e ácido gama-aminobutírico (GABA) em maior quantidade no primeiro grupo.
Dois tratamentos posteriores destas substâncias revelaram uma mudança significativa nas atitudes de abelhas do segundo grupo.
Além de tentar estabelecer um paralelo genético entre vertebrados e insetos, a descoberta poderá ajudar os cientistas a entender melhor como é a vida dentro da colmeia.
Fonte: Natgeo
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