Evolutivamente falando, o súbito aparecimento de uma enorme variedade de aves domésticas de diferentes cores, formas e tamanhos, ocorreram em tempo recorde.
A explicação tradicional darwiniana é que ao longo de milhares de anos, as pessoas têm criado propriedades que têm surgido ao acaso, através de mutações espontâneas em genes de frangos.
Os cientistas estudaram os padrões individuais de atividade dos genes no cérebro de diferentes galinhas modernas poedeiras, comparando com a espécie original, a galinha selva vermelha. Além disso, eles descobriram que centenas de genes possuíam atividades diferentes.
Graus de um tipo de modificação epigenética, ou seja, a metilação do DNA, foi medido em milhares de genes.
Esta alteração química na molécula de ADN pode afetar a expressão de um gene, mas ao contrário de uma mutação não aparecem na estrutura de ADN. Os resultados mostram diferenças claras entre centenas de genes.
Os pesquisadores também examinaram se as diferenças epigenéticas são hereditárias. Segundo os cientistas, as galinhas herdaram a metilação e a atividade diferenciada de genes de seus antecessores. Após 8 gerações de criação de galinhas as diferenças tornaram-se evidentes.
Os resultados sugerem que a domesticação levou a mudanças epigenéticas. A pesquisa revela que 70% dos genes das galinhas sofreram algum grau de metilação.
Uma vez que a metilação é um processo muito mais rápido que mutações aleatórias, e podem ocorrer como resultado de estresse e de outras experiências, isso pode explicar a variação dentro de uma mesma espécie, aumentando dramaticamente em pouco tempo.
Fonte: Jornal Ciência
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