Grupo de empresários vai usar naves robóticas para retirar ouro e platina de corpos celestes.
Um grupo de magnatas high-tech quer fazer mineração de asteroides, na
expectativa de transformar ficção cientifica em lucros reais.
O plano milionário consiste no uso comercial de naves robóticas para
extrair metais preciosos e minérios raros, como ouro e platina, de
asteroides em órbita próxima à da Terra. Um dos fundadores da empresa
prevê que eles podem ter o primeiro posto de combustível espacial em
2020.
Nos próximos 18 e 24 meses, deverá ocorrer o lançamento de uma série
de telescópios que irão vasculhar asteroides de grande valor comercial.
Cientistas não envolvidos no projeto acham o plano caro, ousado e
difícil de ser executado. O desafio é saber se o negócio será rentável
mesmo que os preços do ouro e da platina estejam próximos do 1.600 de
dólares a onça.
No último mês, a Nasa completou um estudo sobre as
possibilidades de desenvolver tarefas de mineração nos asteroides.
Os
cientistas concluíram que "por um custo de US$ 2,6 bilhões, os humanos
poderiam usar robôs espaciais para capturar um asteroide de sete metros
de diâmetro e 500 toneladas. A ideia é trazê-lo à órbita ao redor da Lua
para explorá-lo e explodi-lo".
Essa é uma previsão apontada pela maioria das empresas
especializadas, embora a Nasa calcule que o envio de uma bomba espacial
poderá levar de seis a dez anos. Segundo a agência espacial americana,
essa missão deverá ser concluída somente 2025.
Mas os empresários que anunciaram o projeto nesta terça em Seattle têm um histórico de fazer dinheiro em aventuras espaciais.
Mas os empresários que anunciaram o projeto nesta terça em Seattle têm um histórico de fazer dinheiro em aventuras espaciais.
Os fundadores da
empresa Eric Anderson e Peter Diamandis são pioneiros na área de levar
turistas ao espaço e a empresa de Diamandis oferece voos sem gravidade.
Como investidores da nova empresa, chamada de Planetary Resources
Inc. de Seattle, estão Larry Page, CEO do Google, o executivo Eric
Schmidt e o cineasta James Cameron.
"A humanidade teve por milhares de anos o impulso de explorar a Terra na busca de recursos", disse Diamandis.
"O próximo passo é expandir a esfera econômica da humanidade além dos
limites da Terra. A venda dos metais preciosos e as terras extraídas
dos asteroides poderiam trazer lucro de bilhões de dólares", completou
Diamandis.
Segundo Anderson, a mineradora, processadora de combustível e
futuramente reabastecimento será feita inteiramente sem a presença de
humanos.
“Isto é coisa de ficção científica, mas como em muitas outras áreas
de ficção científica é possível fazê-la virar realidade”, disse o
ex-astronauta Thomas Jones, um consultor da empresa.
O objetivo da Planetary Resources é abrir a exploração do espaço ao
setor privado, mais ou menos como fez o concurso Ansari X Prize, com
prêmio de 10 milhões de dólares, criado por Diamandis.
O prêmio, que estimulou o desenvolvimento do setor emergente de voos
espaciais privados para passageiros, foi conquistado em 2004 pela Scaled
Composites, com o projeto SpaceShipOne, que realizou o primeiro voo
privado fora da atmosfera. Voos comerciais que transportarão passageiros
ao espaço suborbital devem ser iniciados no ano que vem.
É provável que os primeiros clientes da Planetary Resources sejam
agências científicas como a Administração Nacional da Aeronáutica e
Espaço (Nasa), dos Estados Unidos, e institutos de pesquisa privados.
Dentro de cinco a 10 anos, porém, a companhia espera avançar da venda
de plataformas de observação para órbitas em torno da Terra ao
fornecimento de serviços de prospecção.
A ideia é explorar alguns dos
milhares de asteroides que passam relativamente perto do planeta e
extrair sua matéria-prima.
Nem todas as missões obteriam metais e minerais preciosos para
transporte à Terra. Além de minerar platina e outros metais preciosos, a
companhia planeja procurar água em asteroides a fim de abastecer
depósitos de combustível orbitais que poderiam ser usados pela Nasa e
outras organizações para missões espaciais robotizadas e tripuladas.
"Nossos planos são de longo prazo. Não antecipamos que a empresa seja
sucesso financeiro imediato. Precisaremos de tempo", disse Anderson em
entrevista à Reuters.
Os retornos reais podem demorar décadas, e viriam de minerar asteroides
para extrair metais do grupo da platina e minerais raros.
Fonte: IG
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