terça-feira, 17 de abril de 2012

A prova de que há vida em Marte?







Descoberta poderia ter sido feita há 36 anos, pela Nasa, segundo pesquisadores que analisaram novamente os resultados do Projeto Viking.

Nova análise de documentos impressos há 36 anos mostram que a Nasa pode ter descoberto vida em Marte, segundo um grupo de matemáticos e cientistas. 

A conclusão foi publicada na revista “International Journal of Aeronautical and Space Sciences” esta semana. 

E a agência espacial americana não precisa realizar uma expedição humana ao planeta vermelho para comprovar o achado, sustenta o grupo.

— A prova irrevogável é fazer um vídeo de uma bactéria marciana. Eles deveriam enviar um microscópio para vê-la se mexer — diz o neurofarmacologista e biólogo Joseph Miller, da Escola de Medicina Keck, da Universidade do Sul da Califórnia. — Com base no que fizemos até agora, eu diria que estou 99% certo de que há vida em Marte.

A segurança de Miller está baseada num estudo que analisou novamente os resultados de um experimento para detecção de vida em Marte conduzido por robôs da Nasa em 1976, o Projeto Viking.

Os pesquisadores se debruçaram sobre as informações brutas do experimento, que procurou sinais do metabolismo de micróbios em amostras de solo recolhidas no planeta e processadas por duas sondas Viking. 

O consenso geral dos cientistas na época foi de que os aparelhos registraram atividade geológica, e não biológica.

O novo estudo foi por um outro viés. Os pesquisadores dividiram as informações originais, fornecidas pelos pesquisadores que os analisaram na época, em conjuntos números e analisaram a complexidade dos resultados. 

Como os sistemas vivos são mais complicados do que processos não biológicos, a ideia foi observar os resultados a partir de uma perspectiva puramente numérica.

Miller e seus colegas encontraram um correlação muito próxima entre a complexidade dos resultados do Projeto Viking e os de dados biológicos terrestres. Eles dizem que um alto grau de ordem é mais característico de processos biológicos do que dos processos puramente físicos.

Os críticos argumentam que o método usado pelo grupo sequer se provou eficiente para diferenciar processos biológicos e não biológicos na Terra, e que, portanto, seria prematuro tirar qualquer conclusão.
— Idealmente, para usar uma técnica na avaliação de dados de Marte, seria necessário mostrar que ela está bem estabelecida na Terra. Esta necessidade é clara; em Marte, não temos meios de testar o método, mas, na Terra, temos — frisa o cientista Christopher McKay, especializado em ciência e astrobiologia, do Centro de Pesquisa Ames, pertencente à Nasa.

Miller sustenta, porém, que os achados se somam às muitas evidências que desafiam a crença estabelecida de que o Viking não encontrou vida em Marte.

No momento, ele analisa os dados mais uma vez, a fim de verificar se houve variações quando a luz do sol foi bloqueada por uma tempestade de areia em Marte durante semanas, acreditando que sistemas biológicos e geológicos reagiriam de forma diferente ao fenômeno. Os resultados da nova pesquisa deverão ser apresentados em agosto.




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