sexta-feira, 11 de maio de 2012

A ameaça dos ladrões de túmulo na China




Governo inicia campanha contra prática que põe em risco tesouros arqueológicos. Só na província de Shanxi, quase 900 tumbas foram saqueadas.


Parece filme de ficção, mas não é. Na China, ladrões de túmulos usam dinamite, escavadeiras e até óculos de visão noturna e tubos de oxigênio para vasculhar monumentos funerários e roubar artefatos valiosos para vender no mercado internacional. 


Tal prática está pondo em risco um tesouro arqueológico precioso e acabando com relíquias insubstituíveis. O desafio dos pesquisadores agora é conseguir chegar às tumbas antes dos saqueadores. 


A polícia e o governo locais já começaram uma campanha contra esse tipo de crime e criaram um centro nacional de informação para lidar com a questão. As iniciativas parecem estar ajudando a conter o problema. 


Em 2011, foram investigados 451 casos de invasão de tumbas e outros 387 envolvendo roubo de relíquias. Segundo o Ministério de Segurança Pública, no primeiro semestre do ano passado foram desmanteladas 71 gangues, detidos 787 suspeitos e recuperados 2.366 artefatos.

 
O assalto a túmulos não é uma prática recente, mas na China, com milhares de sítios arqueológicos, alguns deles isolados, a situação se torna mais grave. De 900 tumbas encontradas na província de Shanxi – algumas com mais de 4 mil anos –, quase todas haviam sido pilhadas.




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