quinta-feira, 3 de maio de 2012

Arqueólogos acham esqueleto de índio

Os arqueólogos Sérgio Francisco Serafim Monteiro e Cláudia Alves de Oliveira, de Pernambuco, identificaram a urna no último dia 20 de abril



Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) que, desde março, estão realizando escavações arqueológicas no cemitério indígena da Serra do Evaristo, em Baturité, encontraram um novo esqueleto. Diferentemente das que vem sendo descobertas, a ossada está em bom estado de conservação.


 
Os arqueólogos Sérgio Francisco Serafim Monteiro e Cláudia Alves de Oliveira identificaram que o esqueleto, achado no interior de uma grande urna de barro no último dia 20 de abril, é de um índio que teria morrido com mais de 60 anos de idade. 



Junto do esqueleto, que encontra-se de cócoras, foram achados pequenos recipientes de barro contendo ossos de animais de caça e algumas sementes, o que indica a realização de um ritual fúnebre.

 

A hipótese levantada pelos pesquisadores é a de que o índio teria sido uma grande autoridade religiosa ou política entre a tribo em que vivia, tendo em vista o tamanho da urna e a quantidade de recipientes que estavam ao seu redor. 



Como o trabalho de escavação é bastante delicado e, principalmente, porque a estrutura do esqueleto não está danificada, os pesquisadores não tem previsão de quando todo o barro será retirado da urna.

 

Até agora, é possível ver somente o crânio e parte dos ombros e das pernas no esqueleto. De acordo com o professor da rede pública de ensino de Baturité, João Batista de Assis, que colabora com o trabalho, os arqueólogos acreditam que o índio pertenceu a uma comunidade pré-colombiana e não teve nenhum contato com o homem branco. 


Contudo, para saber realmente há quanto tempo ele viveu, será preciso enviar o esqueleto para ser submetido a exame de Carbono 14, na Universidade de São Paulo (USP).

 

Mesmo após o exame de Carbono 14, para confirmar a época em que viveu o índio, as panelas de barro achadas na urna poderão ser mandadas para Miami, nos Estados Unidos, para um exame de termoluminiscência, procedimento que tem como base a medição da quantidade de luz emitida quando um objeto cerâmico é aquecido para identificar a idade do objeto.

 

A pesquisa no cemitério indígena é patrocinada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e surgiu depois que peças arqueológicas começaram a ser identificadas no local pelos próprios moradores. Segundo João Batista de Assis, devido à erosão do solo da estrada de terra que cruza a Serra do Evaristo, muitos dos osso são fáceis de ser encontrados.

 

Atualmente, três urnas que foram achadas por moradores estão armazenadas no lugar. Os pesquisadores já encontraram 11 urnas. 




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